Quando chega o final do ano, começa seu desespero. É nessa época que bate
aquele cansaço em quem correu o ano inteiro para poder entregar tudo o que era
solicitado. Mesmo assim, às vezes, é preciso fazer o trabalho de dois, já que o
colega da equipe tirou férias.
Sem contar o trabalho que precisa ficar adiantado para os dias em que ficará
ausente, como o Natal e o Ano Novo. Diante de tudo isso, já bate aquele
desespero. Será que vai dar tempo de terminar tudo? São tantas atividades... E,
como se não bastasse, o chefe chega à sua mesa e pede mais atividades.
Nessa hora, bate aquela vontade de simplesmente dizer "não, não tem como eu
fazer isso para você". Mas será que essa é a melhor atitude a tomar?
O melhor é não dizer não
De acordo com a sócia- diretora da Fellipelli Instrumentos de Diagnóstico e
Desenvolvimento Organizacional, Adriana Fellipelli, recusar de primeira não é a
melhor solução. "Tente colocar uma solução, ver se alguém pode contribuir com a
atividade, algum expert no assunto, por exemplo".
Outra solução pode ser fazer um mutirão para atender a toda a demanda. Se as
pessoas ficam no escritório das oito da manhã às seis da tarde, escolher um dia
para poder lidar com as atividades extras de final de ano.
Outra dica: "As pessoas não costumam fazer, mas o bom é compartilhar com o chefe
o que ele já passou", orientou a sócia-diretora. "Porque, às vezes, nem o chefe
sabe o que colocou para o profissional". Questione qual atividade deve ser
priorizada, porque se entrou mais uma em sua lista, outra deverá ser deixada
para trás.
E a liderança...
O líder deve ter em mente qual a condição de cada pessoa, para poder passar as
atividades sem sobrecarregar ninguém. "Sobrecarregar é uma coisa muito peculiar.
Há profissionais que precisam de mais suporte, para que façam com mais rapidez",
explicou Adriana.
"O líder tem de saber para quem vai entregar a atividade. Será que se eu passar
este trabalho extra ele vai conseguir me entregar?", disse o headhunter e
presidente da Junto Fast Recruitment, Ricardo Nogueira, sobre a indagação que o
chefe deve fazer.
De acordo com Nogueira, se isso não for feito, equipes e empresas saem
frustradas, por não terem dado conta da demanda de trabalho do final do ano.