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Carreira / Emprego - Como enfrentar o “não” na busca por emprego 

Data: 10/12/2008

 
 

Respostas negativas em entrevistas de emprego fazem parte do cotidiano de muita gente. Como nem sempre o profissional está preparado para enfrentar rejeições, a insatisfação pessoal pode resultar até em depressão. Histórias de quem já passou por situações difíceis na carreira servem como exemplo e alerta.

Hoje gerente de loja, Marcos Castellano já provou o gosto amargo do desemprego. “Há um ano tinha um ótimo cargo em uma multinacional. Quando voltei das férias, em janeiro, fui demitido porque houve mudança na presidência. Como sempre tive muitos bons contatos achei que seria fácil conseguir uma recolocação, mas não foi bem assim.” Ele lembra que ficou cerca de dez meses fora do mercado e participou de inúmeras entrevistas e processos seletivos sem que obtivesse uma resposta positiva. Um deles, em especial, marcou negativamente a memória do gerente. “Tinha feito uma entrevista para uma excelente vaga em um banco e, certo dia, o presidente da empresa me ligou dizendo que eu estava contratado. Também falei com o diretor de RH, que disse que me telefonaria em uma semana para acertarmos o contrato” Dez, quinze, vinte dias se passaram e...nada. “Liguei para o presidente da empresa mas ele estava ausente, resolvendo problemas na família. Falei então com o mesmo diretor de RH e ele me disse que a vaga não estava mais disponível. Fiquei arrasado.” Mesmo assim, Castellano manteve as esperanças e o pensamento positivo. Hoje, passada a má fase, ele garante que amadureceu com os obstáculos e as rejeições do mercado. “Aprendi que é apenas um trabalho e isso me traz paz de espírito.”

“Quanto maior o número de nãos, mais perto se está de ouvir um sim”. Quem garante isso é Marcelo Egéa, psicólogo e gerente da Franquality Consultoria em RH. Para ele, o profissional deve agir como um vendedor na busca por uma colocação. “A melhor atitude é não desistir nunca e ter consciência das próprias habilidades”. Ele explica que nem sempre o profissional é dispensado da seleção por falta de competência. “Muitas vezes ele é um ótimo candidato, mas não tem o perfil da empresa. Dependendo do caso é até bom não ser escolhido, pois poderia ter dificuldades em se adaptar à cultura do lugar.” Mesmo assim, é importante olhar para si e perguntar-se por qual motivo você se encontra nessa situação. “É preciso ter consciência das próprias competências e tentar aprimorá-las cada vez mais. Pode ser com um curso ou MBA, por exemplo.”

Um trabalho preventivo ajuda a minimizar a espera por um novo emprego e, conseqüentemente, o número de “nãos” a serem ouvidos. Para isso é preciso estar atento às oportunidades mesmo quando se está empregado e manter os contatos em dia. “Quando estava trabalhando era constantemente assediado por outras empresas. Após perder o emprego perdi também o ‘sobrenome corporativo’, e isso fez com que os antigos contatos demonstrassem pouco interesse em mim”, diz Castellano.

Se você está procurando trabalho e passando pela fase dos “nãos”, fique atento às dicas:

  • Reduza as despesas, em primeiro lugar;
  • Não perca de vista seus contatos profissionais;
  • Não espere perder o emprego para começar a procurar por outro;
  • Mantenha a autoconfiança, pois você não é o único que está passando por isso;
  • Aja como um vendedor de si próprio e exponha suas qualidades ao selecionador;
  • Avalie cada experiência e descubra o motivo do “não”, assim você não repetirá os mesmos erros;
  • Exercícios físicos ajudam a aliviar a tensão

Rejeição no ambiente de trabalho
Como superar respostas negativas do chefe, por exemplo, sobre um novo projeto ou pedido de aumento? “Hoje em dia muitas empresas procuram por pessoas que, além da competência, possuem capacidade para superar frustrações”, afirma Marcos Vono, gerente de RH da faculdade IBTA (Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada). Ele diz que o profissional deve, antes de tudo, ter uma proposta consistente e estar preparado para expor suas idéias de forma clara e precisa. “Se a requisição tiver base e for negada, é possível que o profissional tenha escolhido um mau momento para falar com seus superiores.” Nesse caso, tentar outra vez é o mais indicado. Apenas tome cuidado e tenha bom senso para saber se é adequado continuar insistindo ou esperar.



 
Referência: carreiras.empregos.com.br
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Abaixo colocamos mais algumas dicas :