Orientação de
corretor é importante
A tabela da Fipe é, atualmente, a mais utilizada pelas seguradoras como
referência para determinar o valor dos veículos. Por isso, há cerca de um ano,
foi criado, no Rio de Janeiro, um Conselho Consultivo com o objetivo de
acompanhar a confecção dessa tabela.
O conselho é formado pela Susep, a Federação Nacional dos Corretores de Seguros
Privados, de Capitalização e de Previdência Privada (Fenacor), a Fenaseg, a
Fipe, o Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), a Federação Nacional da
Distribuição de Veículos (Fenabrav), o Procon-RJ, a Coordenação de Defesa do
Consumidor (Codecon) e o Programa Nacional de Proteção e Defesa do Consumidor (Pronacon).
Neival Rodrigues, diretor da Susep, diz que outros conselhos podem ser formados
para avaliar outras tabelas adotadas pelas seguradoras. Já o coordenador do
Procon-RJ, Átila Nunes Neto, acha que o mesmo Conselho deve acabar analisando
outras tabelas. "Afinal, com o tempo, já adquirimos um certo `know-how' no
assunto. Foi um ano trabalhando na divulgação e no esclarecimento da tabela."
A verdade é que esses conselhos podem ser de grande ajuda para o consumidor, uma
vez que irão dar credibilidade às tabelas. Por outro lado, o consumidor não pode
deixar nunca de contar com a orientação de um corretor na hora de contratar o
seguro do automóvel. É ele que saberá avaliar o valor real do automóvel, levando
em conta os itens que ele possui.
"É imprescindível que o segurado procure uma corretora na hora de fazer o
seguro", diz a advogada e corretora de seguros Sônia Marcelino. Ela explica que,
mesmo quando se contrata um seguro por meio de um banco, por exemplo, isso é
feito por meio de uma corretora, mas a figura do corretor não está presente. "E
o funcionário do banco não vai saber responder à tudo o que diz respeito ao
seguro, porque não tem a formação necessária para isso." Ela também desaconselha
que se contrate seguros por meio das agências de automóveis.