Negócios / Empreendedorismo - Gestão por processos: 5 passos para o sucesso e algumas armadilhas!
Falar em processos é quase sinônimo de falar em eficiência, redução de custos
e qualidade, por isso é recorrente na agenda de qualquer executivo. O atual
dinamismo das organizações, aliado ao peso cada vez maior que a tecnologia
exerce nos negócios, vem fazendo com que o tema processos e, mais recentemente,
gestão por processos (Business Process Management, ou BPM) seja discutido e
estudado com crescente interesse pelas empresas. Os principais fatores que tem
contribuído para essa tendência são:
* Aumento da demanda de mercado vem exigindo desenvolvimento e lançamento de
novos produtos e serviços de forma mais ágil e rápida.
* Com a implantação de Sistemas Integrados de Gestão, os chamados ERPs, existe a
necessidade prévia de mapeamento dos processos. Entretanto é muito comum a falta
de alinhamento entre processos, mesmo depois da implantação sistema.
* As regras e procedimentos organizacionais se mostram cada vez mais
desatualizados devido ao ambiente de constante mudança. Em tal situação erros
são cometidos ou decisões são postergadas por falta de uma orientação clara.
* Maior freqüência de entrada e saída de profissionais (turnover) tem
dificultado a gestão de conhecimento e a documentação das regras de negócio,
gerando como resultado maior dificuldade como na integração e treinamento de
novos colaboradores.
Os efeitos destas e outras situações têm levado um número crescente de empresas
a buscar uma nova forma de gerenciar seus processos. Muitas começam pelo
desenvolvimento e revisão das normas da organização ou ainda pelo mapeamento de
processos. Entretanto, fazer isso de imediato é colocar o “carro na frente dos
bois”.
Em vez disso, o ponto de partida inicial é identificar os processos relevantes e
como devem ser operacionalizados com eficiência. Questões que podem ajudar nesta
análise são:
*Qual o dimensionamento de equipe ideal para a execução e o controle dos
processos?
* Qual o suporte adequado de ferramentas tecnológicas?
* Quais os métodos de monitoramento e controle do desempenho a serem utilizados?
* Qual é o nível de integração e interdependência entre processos?
A resposta a essas questões representa a adoção de uma visão abrangente por
parte da organização sobre os seus processos e de como estão relacionados. Essa
“visão” é o que chama de uma abordagem de BPM. Sua implantação deve considerar
no mínimo cinco 5 diferentes passos fundamentais:
1. Tradução do negócio em processos: É importante definir quais
são os processos mais relevantes para a organização e aqueles que os suportam.
Isso é possível a partir do entendimento da Visão Estratégica, como se pretende
atuar e quais os diferenciais atuais e desejados para o futuro. Com isso, é
possível construir o Mapa Geral de Processos da Organização.
2. Mapeamento e detalhando os processos: A partir da definição
do Mapa Geral de Processos inicia-se a priorização dos processos que serão
detalhados. O mapeamento estruturado com a definição de padrões de documentação
permite uma análise de todo o potencial de integração e automação possível. De
forma complementar são identificados os atributos dos processos, o que permite,
por exemplo, realizar estudos de custeio das atividades que compõe o processo,
ou ainda dimensionar o tamanho da equipe que deverá realizá-lo.
3. Definição de indicadores de desempenho: O objetivo do BPM é
permitir a gestão dos processos, o que significa medir, atuar e melhorar! Assim,
tão importante quanto mapear os processos é definir os indicadores de
desempenho, além dos modelos de controle a serem utilizados.
4. Gerando oportunidades de melhoria: A intenção é garantir um
modelo de operação que não leve a retrabalho, perda de esforço e de eficiência,
ou que gere altos custos ou ofereça riscos ao negócio. Para tal é necessário
identificar as oportunidades de melhoria, que por sua vez seguem quatro
alternativas básicas: incrementar, simplificar, automatizar ou eliminar.
Enquanto que na primeira busca-se o ganho de escala, na última busca-se a
simples exclusão da atividade ou transferência da mesma para terceiros.
5. Implantando um novo modelo de gestão: O BPM não deve ser
entendido como uma revisão de processos. A preocupação maior é assegurar
melhores resultados e nesse caminho trata-se de uma mudança cultural. É
necessária maior percepção das relações entre processos. Nesse sentido, não
basta controlar os resultados dos processos, é preciso treinar e integrar as
pessoas visando gerar fluxo de atividades mais equilibrado e de controles mais
robustos.
É por causa desse último passo que a implantação de BPM deve ser tratada de
forma planejada e orientada em resultados de curto, médio e longo prazo.
Como já dissemos, o BPM representa uma visão bem mais abrangente, onde a busca
por ganhos está vinculada a um novo modelo de gestão. Colocar tal modelo em
prática requer uma nova forma de analisar e decidir como será o dia-a-dia da
organização de hoje, amanhã, na semana que vem, no próximo ano e assim por
diante...
Referência:
administradores.com.br
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