A boa classificação de um fundo de investimento em um
determinado ranking está longe de ser uma recomendação de investimento para a
sua carteira pessoal. "É apenas uma ferramenta a mais para ajudar o investidor
na tomada de decisão", alerta o professor William Eid Júnior da FGV. A tomada de
decisão depende de vários outros fatores, inclusive os objetivos pessoais, que
não são retratados em nenhum ranking.
A premiação também não é garantia de bom desempenho. Tenha
sempre em mente que o ranking trabalha com dados do passado. Ou seja, a boa
classificação no ranking não garante que os gestores terão uma boa performance
nos próximos períodos. Aqui vale a regra básica dos investimentos: ganhos
passados não garantem ganhos no futuro.
Por meio das informações de um ranking você pode, por
exemplo, ter uma idéia de como o gestor atuou em momentos de crise no mercado,
se ele consegue obter ganhos constantes no longo prazo ou se atua de maneira
mais pontual. É possível conhecer um pouco mais do estilo de gestão, mas os
dados disponíveis não são suficientes para você escolher uma determinada
aplicação.
Para saber como escolher um fundo, é preciso definir o
próprio perfil de investidor, como você reage em momentos de crise e quais são
os seus objetivos ao fazer uma aplicação. Um bom fundo de investimento para quem
pode aplicar no longo prazo pode não ser o mais indicado para aqueles que têm
projetos para os próximos dois anos.