Atenção às
oficinas mecânicas
Pane em veículo, principalmente no meio do trânsito, sempre traz incômodos ao
motorista. Mas rebocar o carro para a primeira oficina à vista pode resultar em
dor de cabeça. Sem referências do estabelecimento, dificilmente o consumidor
terá a certeza de que o preço cobrado não será abusivo e se as peças que serão
usadas no conserto são novas.
É importante saber que a oficina está obrigada a empregar peças e componentes
originais no conserto, conforme artigo 21 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
O uso de peças seminovas, usadas ou recondicionadas, somente com a aprovação do
consumidor.
Levar o veículo para um lugar seguro e depois rebocá-lo para uma oficina de
confiança é, portanto, o recomendável. Fernando Kosteski, diretor-geral da
Associação de Defesa e Orientação do Cidadão (Adoc), orienta o consumidor “a
recorrer às indicações de amigos e parentes”, caso não tenha uma oficina de
confiança. Ele poderá, também, consultar o Cadastro de Reclamações Fundamentadas
do Procon.
Antes de decidir pela autorização do serviço, deve analisar o orçamento. Nele
devem constar o valor da mão-de-obra, das peças, as condições de pagamento, as
datas de início e término do serviço e a sua validade, conforme determina o
artigo 40 do CDC. Se depois de aprovado a oficina constatar a necessidade de
troca de outras peças ou de novos serviços, esses só poderão ser feitos com o
consentimento do proprietário do veículo.
Certifique-se de que o defeito foi sanado
Findo o serviço, o proprietário deve certificar-se de que o defeito foi sanado.
Para tanto, tem de testar o veículo antes de retirá-lo da oficina. “Andar com o
carro juntamente com o profissional que o consertou evita que seja descoberto,
mais tarde, que o serviço não foi feito a contento”, orienta Maria Lumena
Sampaio, diretora de Atendimento do Procon.
O consumidor tem, ainda, de exigir a nota fiscal com a discriminação do serviços
realizados e o prazo de garantia. “É por meio dela que o consumidor poderá
exigir novo reparo caso o carro volte a apresentar o mesmo defeito”, conclui
Kosteski.