Profissionais que agem com total independência, sem consultar os superiores e
passando por cima da hierarquia, não são bem-vistos no ambiente corporativo, e
podem pagar com a demissão pela atitude que tomam. Por outro lado, aqueles que
consultam a todo o momento o chefe para tomar pequenas decisões também não
passam a melhor das imagens.
"Nunca é recomendado passar por cima do chefe. Se o profissional tem esse perfil
é melhor mudar, porque tem decisões que ele toma sozinho que podem prejudicar a
empresa", afirmou o consultor de Carreira da Thomas Case Associados, do Grupo
Catho, Renato Waberski. O comportamento de nunca consultar o chefe para tomar
decisões pode implicar até mesmo demissão.
Ainda de acordo com Waberski, por outro lado, o profissional que vai conversar
com o chefe para tomar qualquer decisão também não é bem-visto. "Eles
[líderes] não gostam muito disso, porque é conversar sobre uma coisa que não
precisava e isso significa perda de tempo", explicou.
Área de atuação
De acordo com o consultor, em algumas carreiras, é mais apropriado que o
profissional aja com mais independência. "Como a de tecnologia, em que tudo é
muito dinâmico e é preciso tomar decisões rápidas". Por isso, consultar a
liderança para qualquer decisão é muito complicado.
Agora, em outras áreas, é preciso consultar bastante o chefe, como aquelas em
que se atua diretamente com recursos financeiros. Neste caso, o consultor aponta
a comercial. Por exemplo: um profissional está vendendo um imóvel e o comprador
faz uma proposta de desconto. Tem que consultar a empresa para saber se pode
concedê-lo ou não.
Como agir?
Comportamentos extremos não são indicados aos profissionais. Então, a dica do
consultor é para o profissional ter bom senso. Se são decisões mais simples,
como fazer uma visita a um cliente, é possível tomá-la sozinho. Agora, se for
com um cliente importante, e que envolve volumes financeiros grandes, é bom
contatar o superior.
O mais importante de tudo, porém, é o profissional se responsabilizar pelas
atitudes que tomou. "Por isso, antes de tomar a decisão, é bom refletir sobre
quais os resultados que ela trará", finalizou Waberski.