O processo de mudança pessoal é provavelmente uma das tarefas mais difíceis
de realizar pelo ser humano. Em geral as pessoas não estão totalmente
satisfeitas com seus comportamentos, seja pessoal ou profissional, e encontram
grandes dificuldades em realizar as mudanças necessárias. Há casos de condutas
que gostaríamos de abandonar, mas continuamos a repeti-los compulsivamente, ou
às vezes tentamos ser diferentes do que somos e ter comportamentos que não
conseguimos. Em todas estas situações falta-nos uma estratégia para realizar as
mudanças que precisamos.
Alguns exemplos de comportamentos que em geral as pessoas gostariam de
modificar são: vicio de fumar, alcoolismo, comer em excesso, hábitos
alimentares, medo de falar em público, atividade física, programa de estudo,
mudança profissional, relacionamentos afetivos, relacionamentos profissionais,
atitudes inadequadas, cuidados pessoais, organização e tantos outros hábitos que
desejariam que fossem diferentes, mas que não conseguem modificá-los.
Seja no contexto pessoal ou profissional, este é um grande dilema que vive o
ser humano. O fumante, por exemplo, freqüentemente promete a si mesmo, abandonar
o vício, o obeso deseja controlar sua alimentação e o sedentário aspira iniciar
um programa de atividades físicas. O profissional incompetente promete iniciar
um programa de estudo e desenvolvimento profissional, e o viciado em trabalho
promete mudar seu estilo de vida e se dedicar mais ao lazer e à família. Em
geral estes compromissos ficam apenas no plano das intenções enquanto o tempo
passa e nada acontece.
Mas é possível desenvolver uma estratégia para realizar mudanças pessoais e
profissionais de maneira sistemática. Vamos apresentar as bases de um modelo,
que possibilitará ás pessoas aprenderem a realizar as mudanças que precisam para
suas vidas, mas que não conseguem pelos caminhos tradicionais.
Existe uma técnica de mudanças pessoais, chamada “remodelagem”, que foi
desenvolvida e apresentada pelos especialistas em programação neurolingüistica,
Richard Bandler e John Grinder, em seu livro “Sapos em Príncipes”, (Editora
Summus, 1979). Nós inspiramos neste modelo, mas o ampliamos e adaptamos de forma
a possibilitar que qualquer pessoa possa aprender a operar mudanças pessoais em
si mesmo, independente de qualquer acompanhamento terapêutico.
Existem alguns pressupostos básicos que necessitam ser compreendidos
inicialmente para possibilitar a realização destas mudanças.
Pressuposto umÉ sempre melhor ter varias escolhas para um determinado
comportamento do que não ter escolhas, ou seja, é fundamental ter diversas
maneira de atingir certos resultados almejados. Em lugar de uma pessoa se
limitar, evitando simplesmente ter um determinado comportamento através de uma
mudança radical, o ideal é que esta pessoa possa acrescentar mais opções de
comportamentos para satisfazer as mesmas necessidades.
Um exemplo é o caso do indivíduo que acredita que a bebida alcoólica esta lhe
prejudicando. Em vez de tentar simplesmente parar de beber e sofrer uma espécie
de síndrome da abstinência, o ideal é que ele possa encontrar outros hábitos que
lhe tragam tanta satisfação quanto à bebida e que sejam aceitáveis em sua vida.
Assim, terá mais alternativas pessoais, e estará livre para beber de forma
moderada, se e quando desejar, sem permitir que esta conduta possa prejudicar
sua saúde e suas relações sociais e familiares.
Não ter alternativas é uma forma de limitar a pessoa. É como o jogador que
tem apenas uma opção de jogo; depois de certo tempo sua jogada perde a eficácia,
ao contrário daquele jogador que têm várias alternativas e está sempre
surpreendendo o adversário.
Pressuposto doisEm geral os indivíduos já têm os recursos pessoais
necessários à realização das mudanças desejadas apesar de nem sempre poderem
contar com estes recursos nos contextos apropriados. Por exemplo, algumas
pessoas têm medo de falar em público, no entanto conseguem ser bons
comunicadores em outras áreas de suas vidas. Os recursos de comunicação já estão
lá no seu comportamento, no entanto elas não conseguem acessá-los no contexto de
falar em público.
Nossa história de vida nos permite adquirir várias experiências pessoais, que
são recursos valiosos e podem ser utilizados em outras situações parecidas. O
que precisamos é aprender a acessar estas experiências e saber usá-las em outros
contextos.
Pressuposto três
Cada comportamento de qualquer ser humano tem alguma função positiva em
determinado contexto. Ou seja, existe algum ganho em certas áreas de nossa vida
ao realizarmos determinados comportamentos, mesmo que estes em si não sejam
apropriados em outras áreas. Por exemplo, ser uma pessoa fria e insensível é
considerado um defeito nas relações sociais do dia a dia, no entanto em
situações de grande tensão, perigo ou stress, este comportamento pode ser útil e
até salvar a vida desta pessoa.
Em geral as pessoas não têm consciência desta relação entre comportamentos,
recursos pessoais, propósitos e contextos. Elas ficam lutando consigo mesmo para
superar um determinado comportamento inadequado, sem levar em conta que este tem
algum propósito, ou seja, uma função em outra área da vida daquela pessoa.
Enquanto a pessoa não elaborar uma estratégia para gerar novos comportamentos
que possam substituir a função do antigo comportamento nas áreas em que eles
estão sendo úteis, dificilmente conseguirá fazer mudanças definitivas.
Vamos mencionar um exemplo. Digamos que uma pessoa é fumante e que deseja
ardentemente superar este vício. No entanto, por mais que tente, não conseguem,
pois o hábito e o desejo de fumar são maiores do que sua vontade de parar. O que
provavelmente esta ocorrendo é que este habito tornou-se um mecanismo para
satisfazer outra área do desejo e das necessidades daquele indivíduo. Enquanto
esta pessoa não conseguir criar alternativas de comportamento que satisfaçam às
mesmas necessidades, inconscientemente ele continuará gerando forte desejo de
fumar.
O mesmo raciocínio vale para outras áreas de nossa vida. Às vezes temos
determinados comportamentos que conscientemente acreditamos ser inadequados ou
prejudiciais em nossa vida pessoa e profissional, no entanto pode existir alguma
outra área em que esta conduta inadequada, esteja trazendo alguma vantagem, um
ganho secundário, e que não percebemos. Enquanto não satisfizermos estes ganhos
secundários por outros meios, dificilmente conseguiremos realizar um processo de
mudanças.
Algumas pessoas podem ficar doentes a partir de um desejo inconscientes de
chamar atenção, outras fumam ou bebem por falta de companheirismo, camaradagem,
ou alguma outra necessidade que não percebem conscientemente. Na verdade todos
os nossos comportamentos têm algum propósito que nos impele a fazê-lo, apesar de
nem sempre ter um significado racional.
Para realizar um processo de mudanças pessoal é preciso entender este
mecanismo e criar uma estratégia para substituição do comportamento inadequado
por outros hábitos que sejam válidos para a pessoa como um todo, e que
satisfaçam às necessidades inconscientes que possam existir.
Nossa estratégia de mudanças pode ser utilizada por qualquer pessoa para
providenciar modificações de comportamentos em si próprias, ou ajudar outras
pessoas a fazê-lo. Chamamos de “Plano de mudanças pessoais.” Ele necessita que a
pessoa realize um esforço de auto-conhecimento, análise e meditação. Através
deste processo, que dividimos em sete etapas, o individuo poderá percorrer um
caminho que o levará a operar as mudanças necessárias em sua vida.
Etapa Um – identificação do comportamento a ser modificado.Nesta
primeira fase, é preciso que a pessoa identifique o comportamento específico que
deseja mudar, por exemplo, “parar de fumar”, de forma que possa controlar os
resultados posteriormente em relação às mudanças. Para facilitar o processo, é
necessário que reduza o problema ou comportamento ao menor grau possível e
realize as mudanças de maneira específica para cada pequeno comportamento, em
vez de tentar realizar uma grande mudança de uma única vez.
É muito comum às pessoas terem um grande problema e se sentirem impotentes
para resolvê-lo. No entanto, se dividirem este problema em pequenas porções e
forem resolvendo uma de cada vez dentro de suas possibilidades, em pouco tempo
teriam o problema como um todo solucionado.
Da mesma forma, as mudanças devem ser realizadas da mais fácil para a mais
difícil e em porções pequenas, para que, no prazo adequado, a mudança geral seja
realizada. Neste contexto, andando de vagar se vai mais longe e mais rápido do
que tentando realizar tudo de uma vez.
Tarefas da etapa Um:
- Definir a mudança que se quer realizar.
- Ser específico, procurando modificar comportamentos menores inicialmente
para, gradativamente, fazer mudanças mais profundas.
- Dar um nome específico a mudança que se deseja fazer.
- Concentrar-se em uma alteração cada vez.
Etapa Dois – Entender o comportamento e o propósito no contexto de sua vida
Nesta etapa a pessoa precisa analisar o comportamento em relação ao contexto
geral de sua vida, buscando encontrar razões para o mesmo em alguma outra área
que não se relaciona diretamente àquela conduta. É preciso meditar calmamente e
descobrir algum propósito disfarçado para o comportamento inadequado.
Por exemplo, uma pessoa que se alimenta excessivamente precisa entender o que
significa este comportamento. Existirá alguma espécie de ganho indireto para
aquele hábito indesejável? A partir de uma análise em sua vida como um todo, a
pessoa pode descobrir de que forma o comportamento “comer em excesso“, tem um
propósito e representa algum ganho em outra situação de sua vida.
Deste entendimento, é possível criar novos comportamentos que realizarão a
mesma tarefa que o antigo hábito. Na medida em que tenhamos várias opções de
comportamentos, estaremos dando à nossa mente, mais alternativas e, portanto,
novas formas para realizar o mesmo propósito.
Quando temos várias opções para alcançar o mesmo objetivo, o natural é que
possamos utilizar a alternativa que seja mais fácil e menos prejudicial. Da
mesma forma, se uma pessoa tem vários caminhos para chegar numa localidade,
certamente sua natureza deverá escolher o melhor e mais adequado caminho para
atingir aquele propósito.
Tarefas da etapa Dois:
- Entender o comportamento inadequado.
- Identificar o propósito ou a intenção positiva do comportamento em
determinados contextos.
Etapa Três – Especificar a necessidade e a importância da mudança pessoal para a
pessoaAté esta etapa a pessoa já definiu o comportamento que deseja
mudar, analisou e entendeu esta conduta inadequada no contexto de sua vida,
distinguindo o propósito do comportamento inadequado e o ganho secundário que
obtêm ao realizá-lo. Agora é preciso avaliar qual a repercussão positiva que uma
alteração deste comportamento poderá ter em sua vida.
Nesta etapa é necessário relacionar todas as vantagens que terá ao realizar a
mudança. Qual área de sua vida será beneficiada? Conseguirá melhorar sua saúde,
relacionamentos, terá mais dinheiro, qualidade de vida ou felicidade? É
importante tomar consciência de todas as vantagens para, a partir do
conhecimento destes benefícios, poder desenvolver um grande desejo de mudança,
e, em função deste desejo e destas vantagens, pagar o preço pelas mudanças que
muitas vezes são tão difíceis de realizar.
Tarefas da etapa Três, responda:
- Por que é preciso mudar?
- O que vai melhorar? saúde, dinheiro, relacionamentos, qualidade de vida
ou o que?
- Que prejuízo esta tendo com o atual comportamento?
- Como será sua vida após a mudança?
- Em quanto tempo conseguirá mudar e qual o custo?
- Especificar todas as vantagens.
- Especificar todas as dificuldades.
Etapa Quatro – Desenvolver um grande desejo de mudança pessoalPara
criar um forte desejo de mudança, será necessário associar uma grande dor e uma
sensação desagradável ao fato de não mudar, e um grande prazer, e estímulo pela
idéia de mudança. Assim nos sentiremos motivados e teremos um grande desejo de
realizar esta alteração de comportamento em nossas vidas.
Imagine a seguinte situação: digamos que seus familiares e as pessoas de quem
gostam estão de férias em uma praia, desfrutando o prazer daquela situação e
você foi obrigado a permanecer trabalhando. O que acontecerá? Certamente você
estará associando uma grande dor e uma sensação desagradável ao fato de ter de
ficar trabalhando e um grande desejo de mudança daquela situação, ou seja, ir
ao encontro das pessoas de quem gosta e que estão de férias.
No processo de mudança será bastante útil realizar o mesmo raciocínio. A
partir da análise que fez ao relacionar todas as vantagens da mudança e todas as
desvantagens que têm com o antigo comportamento, é possível vincular dor e
desprazer ao fato de não mudar e um grande prazer pela mudança. Assim seu desejo
de mudar será significativo.
Se alguém tem um determinado comportamento que deseja mudar, por exemplo,
“comer em excesso”, e vincula este comportamento a sensações de prazer,
dificilmente conseguirá realizar as mudanças. Todas as vezes que se imaginar
tomando um sorvete, ou comendo um enorme sanduíche, sentirá sensações de prazer
e satisfação, o que só aumenta seu desejo por aquele comportamento inadequado.
Mas se a pessoa que come em excesso mudar a maneira de pensar e imaginar-se
sendo ridicularizado pelas pessoas por estar acima do peso, toda vez que pensar
em comer um sanduíche ou sorvete, aquela sensação será desagradável e trará
enorme dor e sofrimento à pessoa. E ao mesmo tempo, ela imaginar que terá grande
prazer por ser elogiada pela sua estética e boa forma ao ter conseguido
controlar o peso, esta sensação de prazer fará com que tenha grande desejo de
operar a mudança.
Tarefas da etapa Quatro:
- Associe grande dor e sensações desagradáveis ao fato de não mudar.
- Associe grande prazer e sensações agradáveis e estimulantes com a
possibilidade de mudança.
Etapa Cinco – Criar novas alternativas de comportamentosNesta etapa, é
preciso gerar novas alternativas de conduta para substituir pelo comportamento
inadequado. Se alguém simplesmente parar de fumar, de comer em excesso, ou
romper um relacionamento, ou parar com algum outro comportamento obsessivo e não
colocar nada no lugar deste, adivinhe o que vai acontecer em pouco tempo? Isto
mesmo! O antigo comportamento volta rapidinho. Quantas vezes isto já aconteceu
conosco?
Por isto é tão fundamental gerar novos comportamentos para substituir os
antigos, de forma que estas novas condutas possam satisfazer as mesmas
necessidades latentes. Um exemplo: existem pessoas que são viciadas em
assistir televisão. Interromper este hábito deixará um vácuo na vida destes
indivíduos. Alem do mais, este comportamento pode ser uma cortina de fumaça para
encobrir problemas no casamento ou outro desequilíbrio em sua vida. De todo
modo, esta pessoa está com sua vida bastante limitada.
Neste caso o ideal é gerar novas possibilidades de lazer e ocupação que
possam satisfazê-la, e encontrar dentro destas novas possibilidades aquelas que
venham a atender o seu propósito embutido. Talvez esta pessoa possa começar a
ver cinema, ir ao shopping, navegar na internet, passear no parque, ir pescar,
praticar um esporte, passear com a pessoa amada ou com a família, fazer
churrasco, passear de carro, ter um hobby e diversas outras escolhas como
alternativas. É preciso ampliar as possibilidades de seu mundo.
Analisando com cuidado e com honestidade consigo mesmo o antigo
comportamento, a pessoa acabará descobrindo o propósito que tinha com aquela
forma inadequada de levar sua vida, e poderá escolher entre as novas
alternativas algumas que podem substitui e satisfazer as mesmas necessidades e
atender aos mesmos propósitos.
O fundamental é ter algo para colocar no lugar do antigo comportamento. Esta
substituição terá um grande impacto e será uma forma de superar a situação mais
facilmente. O ser humano é assim, se tem algo para substituir o antigo
comportamento fica mais fácil a mudança. As crianças são um bom exemplo: se
queremos que parem de chorar, que é um comportamento inadequado, podemos
distraí-las com outras coisas, como um pirulito ou um chocolate. Claro que
estamos falando de comportamentos mais complexos, esta é apenas uma analogia.
Tarefas da etapa Cinco:
- Gere uma grande quantidade de novas condutas que possam substituir o
comportamento inadequado, e que sejam mais aceitáveis.
- Identifique qual era o propósito embutido no comportamento inadequado.
- Inicie a substituição do antigo hábito compulsivo por alguns dos novos
comportamentos que possam atender aos mesmos propósitos.
- Faça um acordo consigo mesmo de utilizar as novas opções por um
determinado prazo, por exemplo, um mês, para testar se os novos
comportamentos são de fato melhores e poderão substituir adequadamente os
antigos hábitos de maneira satisfatória em todos os contextos.
Etapa Seis – Imaginar as novas mudanças ocorrendo em sua vidaAgora é
hora de testar as novas mudanças no plano da imaginação, buscando vivenciar sua
situação daqui para frente com os novos comportamentos. É preciso pensar em
diversas circunstâncias particulares, sociais, profissionais em que o antigo
comportamento acontece, e imaginar-se utilizando as novas opções no lugar da
antiga conduta.
Se o comportamento inadequado é parar de fumar, por exemplo, e você gerou
novas opções para substituir este hábito, como: mascar chicletes, comer uma
fruta, ouvir música, brincar com algum jogo, desenhar, fazer alguma atividade
manual, tocar um instrumento, ligar para a pessoa amada, ou diversas outras
coisas, então comece a pensar nos contextos onde fumava e, neste caso, se
imagine realizando estas outras atividades em substituição à antiga conduta.
Se você gerou muitas opções e agora se imagina realizando cada uma destas
novas alternativas em substituição ao comportamento inadequado, perceberá que
algumas destas escolhas serão mais eficazes e mais atraentes do que outras, e,
neste caso, terá uma pista de quais serão as melhores opções para substituir o
antigo hábito.
Escolha as três melhores opções que entender sejam mais eficazes e mais
estimulantes para substituir o antigo hábito. Estas três escolhas deverão ser
testadas nos próximos trinta dias em substituição ao comportamento inadequado.
Tarefas da etapa Seis:
- Imagine-se utilizando as novas alternativas em substituição ao antigo
comportamento.
- Escolhas as três opções mais adequadas, atraentes estimulantes e
eficazes para substituir o antigo comportamento e atender aos propósitos do
comportamento inadequado.
- Concentre-se em testar as três novas alternativas no mundo real e nos
contextos apropriados pelos próximos trinta dias.
Etapa Sete – Assumir o compromisso de implantar a mudançaChegamos a
ultima etapa, e agora sugerimos que a pessoa deva assumir um forte compromisso
consigo mesmo de efetuar a mudança desejada. Recomendamos que todo o processo de
mudança seja documentado, e que a pessoa deve realizar por escrito as tarefas
solicitadas ao final de cada etapa.
No “Plano de mudanças pessoais”, você precisa escrever e realizar todas as
tarefas descritas e ao final assinar o documento em que assume o compromisso
consigo mesmo de tentar com todas as suas forças e determinação, efetuar a
mudança utilizando os três novos comportamentos em substituição ao hábito
inadequado.
Este documento de compromisso deve ser lido com freqüência durante o período
em que assumiu o acordo, para que possa consolidar a mudança em sua mente. Ao
final do tempo estipulado de 30 dias o individuo então terá oportunidade de
fazer uma escolha: manter o compromisso de mudança por tempo indeterminado, ou
desistir e voltar ao comportamento anterior que tanto lhe prejudicava.
Caso alguma coisa, por qualquer motivo, não esteja funcionando adequadamente
com as novas escolhas, é preciso reiniciar o processo gerando outros
comportamentos e realizando um novo compromisso de mudança.
A estratégia que acabamos de apresentar não é uma formula definitiva e
certamente não é a única maneira de efetuar mudanças. Entretanto é um caminho
possível e uma ótima maneira de realizar transformações pessoais.
Acreditamos que iniciando este processo de aprender a realizar mudanças
comportamentais, e com isto operar uma evolução enquanto ser humano, a pessoa
acabará adquirindo uma nova habilidade que será útil em sua vida pessoal e
profissional.
Sugerirmos iniciar estes procedimentos com comportamentos mais simples e a
medida que for adquirindo habilidade com o processo, buscar utilizá-lo nas
mudanças mais importantes e que são essenciais para seu crescimento como pessoa
e na busca de sua realização e felicidade.