Negócios / Empreendedorismo - Motivos mais comuns que influem na mortalidade das empresas
Em tempos de acertar as contas com o Leão, muitas empresas começam a suar
frio. Brincadeiras à parte, de fato o momento é propício para por em xeque os
motivos pelos quais pequenas e médias empresas costumam fechar as portas antes
de completarem cinco anos. Entre os motivos mais comuns, está o desconhecimento
do setor em que atuam, falta de capital de giro e baixo faturamento, má
formulação do preço de venda dos produtos, bem como a falta de clientes, mas
pouco se fala das dívidas com o fisco, ou seja, da falta de planejamento para
arcar com as obrigações tributárias, motivo quem tem feito diversas iniciativas
no mundo do empreendedorismo não terem êxito.
No geral, isso ocorre porque muitos donos de negócios não vêem o fisco como um
credor que exige seus créditos com a mesma brevidade de um fornecedor ou
funcionário da empresa. Só que esse ponto, conjugado à ausência de um fluxo de
caixa, faz com que o empresário opte por pagar os primeiros, deixando para o
segundo momento os impostos, tanto os incidentes sobre o faturamento, quanto os
incidentes sobre a folha de pagamento (INSS/FGTS).
Porém, o fisco é um dos piores credores que uma empresa pode ter, justamente
pela dificuldade de negociação e as elevadas taxas de juros e multas praticadas
sobre os créditos não liquidados pelos contribuintes. Ao analisar casos que têm
esse fim, logo fica claro que o mal que muitas vezes acomete uma pequena ou
média empresa provêm de uma desorganização que tem origem no desconhecimento
técnico por parte dos empresários, ou seja, assim que lhe falta receita por
motivos como os já citados, ele se vê envolvido num mar de contas a pagar, e
inicia a renegociação com bancos e fornecedores, além de tomar decisões que nem
sempre se converterão em um resultado positivo, pois deixam de considerar o
efeito futuro dela.
Nesse caso, não é raro ver um dono de negócio levar um susto ao verificar que um
imposto cujo valor inicial era de cerca de R$ 100,00, por exemplo, se
transformar em R$ 300,00 em alguns meses e o que parecia ser solução se
transforma numa grande armadilha que não surpreende quando, em maior escala,
pode culminar com um pedido de falência da empresa. Por isso, a melhor maneira
de se prevenir esse acontecimento é fazer um gerenciamento dos custos e despesas
do negócio e ainda do fluxo de caixa, para evitar entrar no negativo. No caso de
uma empresa que está prestes a nascer, é preciso apurar os dados financeiros e
administrativos que mostrarão qual melhor caminho a seguir e como agir em
determinadas situações de crise financeira. Agora, quando o negócio já está em
funcionamento, o planejamento é o único caminho, pois o empresário precisa
pensar e, por fim, tomar decisões que são cruciais para o futuro da empresa.
Nessa hora, é primordial que o empresário faça essa organização com a ajuda de
um profissional que entenda deste assunto, para ter uma maior segurança na
tomada de decisão e, no caso das pequenas e médias empresas, essa ajuda muitas
vezes cabe ao contador. Daí o velho ditado de que um contador poder ser o
sinônimo do fracasso ou do sucesso de um negócio, já que uma má orientação traz
conseqüências que podem ser desastrosas. Para cada negócio há uma melhor forma
de quitar dívidas, fazer empréstimos ou investimentos que requer uma avaliação
cuidadosa das condições e taxas de juros, prazo de pagamentos, retornos etc.
Afinal, a má administração do fluxo de caixa acarreta na diminuição da
lucratividade em função do aumento das despesas financeiras oriundas de
empréstimos bancários ou de juros e multas pagas aos credores por atraso nos
pagamentos.
Por isso, a melhor maneira de se calcular a necessidade do capital de giro é por
meio de um levantamento preciso de todas as despesas da empresa, incluindo o
pró-labore do administrador ou dono do negócio. Item que, no geral, faz toda a
diferença no caixa da empresa, pois não é raro pequenos e médios empresários
alegarem que o negócio não é lucrativo, quando, no entanto, acabam colocando
suas contas pessoais para serem pagas pela empresa e, normalmente, são estas
contas que não são controladas pelo fluxo de caixa e geram problemas crescentes
com o passar do tempo e da má administração e, não obstante, levam as empresas a
entrarem para as estatísticas dos negócios que fracassam antes de completarem
cinco anos de existência.
Referência:
sebrae-sc.com
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