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Finanças pessoais - Crédito e consumo: hábitos dos brasileiros são barreiras à educação financeira 

Data: 22/09/2008

 
 

A tarefa de educar financeiramente a população brasileira encontra barreiras em comportamentos dos próprios consumidores. "A compra por impulso é o hábito mais difícil de ser eliminado", afirmou a superintendente de Produtos e Serviços da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Roseli Garcia.

De acordo com ela, excluir o hábito da compra por impulso é difícil porque não é uma questão ligada apenas à educação, mas também a outras variáveis mais complexas. Em alguns casos, pode estar associada a um fator psicológico.

Outra barreira é o fato de o brasileiro considerar apenas as grandes contas e excluir os pequenos gastos realizados diariamente. "Não há, por parte do consumidor, uma consciência da somatória dos pequenos gastos. Este hábito de procurar manter um registro, ele não tem", afirmou a superintendente.

Busca por consumo consciente

Pesquisa realizada pela ACSP revelou que apenas 19% dos mais de mil entrevistados reconheciam empresas que orientavam sobre o consumo consciente. Desta amostra, 19% já utilizaram estes serviços de orientação ao consumo consciente.

Já entre todas as pessoas entrevistadas, 57% disseram ter intenção de usar o serviço. "O consumidor também tem que fazer a parte dele", disse Roseli.

Educação ao crédito consciente

Quando o assunto é a educação ao crédito, Roseli afirmou que o brasileiro está melhorando sua relação com os financiamentos, uma vez que a concessão cresce, mas a inadimplência está em níveis aceitáveis. "Isso significa que o brasileiro não está exercendo maus hábitos na hora de contratar crédito. O problema é que ele é alvo de uma super oferta. É seduzido a gastar além do que deveria".

Diante disso, a responsabilidade pelo crédito consciente também recai sobre quem concede. De acordo com o diretor-executivo da Cetelem, Franck Vignard Rozes, as instituições precisam aprender a dizer não aos clientes. "Hoje, 30% dos pedidos de crédito são recusados no mundo".

A superintendente e o diretor-executivo falaram durante o C4 (Congresso de Cartões de Crédito ao Consumidor), no painel intitulado "O uso consciente do crédito: o desafio de educar 200 milhões de brasileiros para utilizar os recursos disponíveis".



 
Referência: InfoMoney
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