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Finanças pessoais - Educação: Por que não existe uma disciplina de finanças pessoais nas escolas? 

Data: 30/05/2007

 
 

Na qualidade de consultor de finanças pessoais, posso afirmar que dezenas de executivos e profissionais liberais com sérios problemas financeiros passaram por meu escritório nestes últimos anos. Estou me referindo a engenheiros, administradores de empresa, economistas, advogados e contadores e outras categorias.

Indistintamente e independente do curso, pós graduação ou doutorado que fizeram, todos eles, indistintamente, tinham dificuldades ou mesmo graves problemas em administrar suas próprias finanças, chegando alguns poucos até à fase derradeira que é a inadimplência em relação a compromissos financeiros assumidos.

Ora, sabemos que executivos geralmente têm melhores salários que outras categorias da população, além de receberem benefícios suplementares, imaginem vocês então o que se passa com funcionários comuns que têm ganhos mais modestos e devem fazer bem mais manobras para chegarem ao fim de cada mês com seus limitados recursos.

Há três anos fui contratado para ajudar 40 funcionários de uma grande empresa de expressão nacional. Ao cabo de seis meses de trabalho coletivo e individual com cada um dos seus funcionários, aproximadamente 90% deles obtiveram alta ou seja, daí em diante alteraram radicalmente o comportamento ante suas finanças pessoais e melhor ainda, deixaram as dívidas para trás! Isso demonstra cabalmente que é possível mudar a cabeça e a maneira de lidar com o dinheiro das pessoas, basta educá-las financeiramente.

Existem inúmeros aspectos sociais e financeiros que envolvem o relacionamento das pessoas com o dinheiro, tanto nas empresas onde trabalham, como em suas vidas familiares, mas que aqui não cabem por limitação de espaço. Resolvi então apenas comentar algumas implicações que as finanças pessoais, direta e indiretamente tem em suas empresas e vidas privadas.

Não tenho dúvida alguma de que as finanças pessoais tem enorme importância no desenvolvimento intelectual, social e econômico de uma família e por essa razão deveriam ser tão importantes quanto o ensino de nossa língua, de matemática, de geografia e de história, para citar apenas algumas disciplinas obrigatórias do ensino básico e secundário.

O uso disciplinado de dinheiro cria responsabilidades e disciplina as crianças desde tenra idade, que aprenderão a dar maior valor ao trabalho e esforço desenvolvido por seus pais para dar-lhes o melhor possível.

Aqueles pais, – pelo menos os que já foram doutrinados a respeito da administração racional dos seus orçamentos domésticos -- deveriam no dia a dia exercer o controle sobre a disponibilidade e uso de seus próprios recursos. Sabemos que a vida moderna tende a influenciar o indivíduo a desejar tudo que é anunciado pela TV, por exemplo ( sonhos de consumo etc) mas principalmente ante aquilo possuído por amigos, familiares e companheiros de trabalho (inveja, ciúme etc.) e que isso praticamente nunca é possível devido a limitação dos ganhos e do patrimônio possuído por cada um.

A pressão psicológica existente neste nosso meio capitalista para “consumir” e

“se endividar além do razoável”, é enorme e por essa razão são bem poucos os que conseguem resistir ao apelo de gastar mais do que ganham. É nessa hora que a empresa, na qual o indivíduo endividado trabalha, passa a sofrer as conseqüências.

O indivíduo trará consigo para o trabalho as angústias do seu lar. As 8 horas que passa na empresa serão total e fortemente influenciados pelas 16 que passa fora dela.

É sabido que enorme percentual de brigas familiares são ocasionados por problemas em relação a dinheiro, tanto com parceiros como com os próprios filhos.

Pensando na dívida não paga ou na angústia por não poder adquirir determinado carro eletro doméstico etc, tão desejado por ele, a esposa ou seus filhos, o executivo ou profissional liberal provocará mais acidentes de trabalho, baixará sensivelmente sua própria produtividade e mesmo criatividade e utilizará mais os departamentos médico, de assistência social, ou programas de empréstimos pessoais da empresa. Enfim é o estresse e suas perigosas conseqüências, tão presente nos dias atuais.

Não tenho nenhuma dúvida, como planejador financeiro, que os levantamentos existentes a respeito do estresse, acidentes de trabalho, problemas com drogas e alcoolismo, caso fossem investigados a fundo e tabulados convenientemente, trariam como causa inicial e básica, problemas relacionados com dinheiro ou a falta deste, no núcleo familiar.

Tenho constatado que grupos empresariais que deram maior ênfase àquilo que se passa fora da empresa e se preocupam com seus funcionários, tem bem menos problemas internos do que aquelas que não dão a mínima pelo bem estar de seus funcionários, fora dos limites da empresa. Existem até empresas que fazem questão absoluta de não se imiscuir com aquilo que se passa fora dos limites dela. São teorias obsoletas, existentes em empresas retrógradas.

Como é muito difícil, quase impossível alterar currículos escolares, proponho que as empresas que se dizem importar com seus funcionários, iniciem programas de educação financeira para funcionários e familiares, incluindo os filhos desses funcionários.

Tenho certeza que o próprio funcionário dará mais valor à empresa na qual trabalha, pois sentirá que a direção se importa com ele e está verdadeiramente interessado a ajudá-lo em conquistar melhor qualidade de vida.

Muitas vezes, não é questão de dar aumento de salário ao funcionário, mas simplesmente ajudá-lo a se organizar melhor financeiramente em seu orçamento doméstico.

Conheço uma excelente planejadora financeira especializada no assunto e que já ensina esta disciplina para crianças em algumas das escolas de São Paulo. Porque não fazer a mesma experiência nas empresas, ensinando funcionários e seus familiares a melhor cuidar do dinheiro incluindo obviamente as crianças nos programas?



 
Referência: -
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :