Imóveis - Permutas imobiliárias: na hora de decidir por uma, faça as contas!
A permuta é uma prática bastante comum no mercado imobiliário. Nela, uma
pessoa que possui um terreno sem uso se associa a uma empreendedora, cedendo o
local em troca de unidades ou participação em vendas futuras do empreendimento.
Contudo, para não fazer um mau negócio, é preciso que o proprietário do terreno
analise bem as contas.
De acordo com o professor coordenador do Núcleo de Real Estate do Departamento
de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP (Universidade de
São Paulo), João da Rocha Lima Jr., é preciso levar em consideração variáveis
importantes, como a taxa de retorno que o proprietário obterá com o
investimento.
"A permuta imobiliária é indicada para quem não precisa de dinheiro em curto
prazo. Ao optar por este tipo de investimento, o proprietário deve sempre
calcular sua taxa de retorno, pois a renda do negócio deve ser maior do que se
ele colocasse esse imóvel disponível para o mercado financeiro", explica.
Formatos
O formato mais comum de permuta é a troca do terreno por uma fração das vendas
futuras. Segundo Lima Jr., esta é a melhor opção para o proprietário do terreno,
que troca um valor à vista por uma expectativa de valor muito maior a prazo,
especialmente se ocorrem aumentos dos custos de construção durante o período de
obra, resultando assim em aumento de preço das unidades.
"A permuta por fração nas vendas é a que traz menos riscos para o proprietário,
pois, na troca por unidades, ele terá que competir em situação desigual com o
empreendedor pelas vendas destes imóveis", diz.
Por outro lado, alerta o especialista, o proprietário do terreno precisa ter
ciência de que corre risco em relação ao tempo de recebimento dos valores e da
variação para baixo do preço de venda das unidades. "Pelo prêmio de mais receita
de venda do terreno, pode comprar os riscos de velocidade de vendas e de
comportamento de preços no mercado", diz.
Apesar disso, completa o professor, "o maior risco para quem cede o terreno é o
de performance". O risco de performance consiste na não-conclusão do
empreendimento pela empresa. Para se precaver, Lima Jr. aconselha que o dono do
terreno faça um bom contrato e sempre exija fiança bancária.
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