Você sabe onde está a fome? Provavelmente você deve ter
pensado: "Nas comunidades carentes, é claro!" Mas não é bem assim. Pesquisas
constantes de nutricionistas de todo o mundo têm apontado para o que conhecemos
como a "fome oculta".
O que é a fome oculta?
É um estado de desnutrição em termos de alguns nutrientes (principalmente
vitaminas e sais minerais), encontrado inclusive em camadas mais abastadas da
sociedade. À sombra de uma alimentação aparentemente "rica", ela é proveniente
de uma dieta carente de frutas, legumes e verduras – principais fontes de
vitaminas, sais minerais e fibras, que promovem uma boa digestão e,
conseqüentemente, um bom aproveitamento de todos os nutrientes – e muito rica em
alimentos refinados, industrializados e conservas. Estes hábitos alimentares
podem estar presentes desde a infância.
A monotonia alimentar pode ser responsável pela fome oculta?
Sim, pois o metabolismo de um nutriente depende do outro. Assim, a monotonia
alimentar – principalmente entre os adolescentes, onde o consumo de um mesmo
tipo de lanche (pão, refrigerante e complementos) é diário – faz com que as
poucas vitaminas da alimentação não sejam bem aproveitadas.
A fome oculta traz alguma conseqüência?
Sim. O reflexo dessa carência vem ao longo dos anos, quando, ainda jovens, as
pessoas manifestam problemas metabólicos importantes. Alguns desses problemas
são a osteoporose (Síndrome que causa a fragilidade óssea), devido à falta de
cálcio; a anemia, por falta de ferro; problemas na visão e na pele, devido à
carência de vitamina A. São problemas não facilmente perceptíveis e, depois que
se manifestam, são muito difíceis de reverter. Muitas vezes, as pessoas já
chegam à adolescência com carência de diversos nutrientes – o que, muitas vezes,
não se nota de imediato.
O que pode ser feito para evitar a fome oculta?
A solução está em uma alimentação variável e completa, onde todas as refeições
tenham frutas, legumes e verduras, e onde as calorias vazias (doces e
refrigerantes, por exemplo) sejam deixadas de lado.
Cabe a cada um de nós ajudar a combater a fome – todas elas.
Esta coluna foi escrita pela nutricionista Cláudia H. Y. Hoff
com o auxílio da Equipe Janssen Cilag.
As Fontes das Vitaminas
Vitamina A: espinafre, brócolis,
couve galega, acelga suíça, nabo, repolho crespo, cenoura, batata-doce, polpa da
laranja, abóbora, tomates, damasco, melancia e melão;
Vitamina B1: grãos integrais, germe de trigo, produtos de
farinha branca enriquecida, miúdos, carne de porco, legumes e
levedura fermentada;
Vitamina B2: leite e produtos lácteos, ovos, vegetais
verdes folhosos, miúdos, rins, fígado, coração, levedura desidratada,
amendoim, manteiga de amendoim e grãos integrais;
Niacina (Vitamina B3): carnes e miúdos, produtos de trigo
integral, produtos de farinha branca enriquecida, legumes e levedura
fermentada;
Ácido Pantotêncico: produtos animais, fígado, ovos,
grãos integrais, legumes, batata branca e batata-doce;
Vitamina B6: fígado e carne vermelha, grãos integrais, batatas,
vegetais verdes e milho;
Vitamina B12: alimentos de origem animal, carnes, miúdos, leite em pó e
produtos lácteos e ovo (inteiro ou a gema);
Vitamina D: leite fortificado e peixes com espinhas
(como salmão e sardinha);
Vitamina E: germe de trigo, óleos vegetais, legumes,
castanhas, grãos integrais, peixes e vegetais folhosos verdes;
Ácido Fólico (Folacina): carnes glandulares, levedura,
vegetais folhosos de cor verde-escuro, legumes e grãos integrais;
Biotina: fígado, carnes, leite, óleo de soja,
levedura fermentada e gema de ovo (a clara destrói a biotina). Bactérias que
estão presentes no intestino também produzem a biotina.
As vitaminas são compostos essenciais para o
crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde, além de auxiliar nas funções
de defesa do organismo contra as infecções. Não deixe estes nutrientes
faltarem na sua alimentação e na de sua família.Quando a criança tem uma
alimentação equilibrada, com todos os grupos alimentares e consumo adequado
de verduras, legumes, frutas, carnes e leites e derivados, ela consegue receber
praticamente todas as suas necessidades vitamínicas. No entanto, nem sempre isto
ocorre, e a criança com agenda cheia e estressante, e com baixo consumo
alimentar, pode necessitar de vitaminas extras, que podem ser conseguidas com
suplementos. Se tomados adequadamente, ajudam a suprir as carências alimentares,
controlando a deficiência nutricional. Somente o pediatra, entretanto,
pode indicar o melhor suplemento e sua necessidade.
Vitaminas e Minerais – O Que São
e Suas Principais Funções
O que são vitaminas?
São um grupo de nutrientes orgânicos essenciais para o crescimento normal e para
o bem-estar físico e mental.
Funções das principais vitaminas:
Vitamina A: mantém as gengivas saudáveis e propicia o crescimento dos
ossos, dentes, cabelos e da pele;
Vitamina D: regula o metabolismo do cálcio e do fósforo, importantes para
a formação de ossos e entes sadios;
Vitamina B1: auxilia no metabolismo de carboidratos, regula o
funcionamento do coração e do sistema nervoso, beneficia a musculatura e ajuda a
repelir insetos;
Vitamina B2: transforma proteínas, lipídios e carboidratos em energia, e
participa da formação e manutenção dos tecidos da pele e dos olhos;
Niacina: converte alimentos em energia;
Ácido Pantotênico: estimula a reposição dos tecidos corporais, atua na
liberação de energia dos carboidratos e no metabolismo das gorduras;
Vitamina B6: atua no metabolismo dos aminoácidos;
Vitamina B12: evita a anemia e ajuda no desenvolvimento normal das
células;
Vitamina E: previne a anemia e auxilia na metabolização das
gorduras;
Ácido Fólico: também evita a anemia e ajuda na multiplicação das
células;
Biotina: atua no metabolismo das proteínas que formam a pele, músculos e
ossos .
O que são minerais?
São nutrientes inorgânicos que participam do metabolismo de nosso organismo,
sendo necessários para o seu bom funcionamento.
Função dos principais minerais:
Ferro: atua na formação da hemoglobina, na manutenção do apetite e do
crescimento;
Iodo: age na formação de hormônios da tireóide;
Zinco: regula o crescimento por meio da síntese de proteínas, mantém as defesas corporais e o petite;
Cobre: facilita a absorção do ferro;
Cálcio: forma e mantém ossos saudáveis e auxilia na coagulação do
sangue;
Magnésio: converte o açúcar em energia e é necessário para o bom
funcionamento dos nervos e músculos.
Como as vitaminas não são sintetizadas em nosso organismo (ou estão
disponíveis em quantidades insuficientes), elas precisam ser adquiridas por meio
dos alimentos. O mesmo ocorre com os minerais. Por maiores que sejam os cuidados
com a dieta, nem sempre obtemos todos os nutrientes de que precisamos. Por isso,
consulte seu médico para avaliar a necessidade de um suplemento vitamínico.