A Michelin recomenda que, antes de pegar a estrada, todo veículo passe por
uma revisão cuidadosa dos pneus. Pequenos cuidados - como avaliar o desgaste da
banda de rodagem, verificar a pressão dos pneus e checar alinhamento e
balanceamento - são fundamentais para garantir a segurança do veículo durante
uma viagem. Algumas medidas podem ser colocadas em prática pelos próprios
motoristas.
Calibragem - O aumento considerável de peso sobre as rodas do veículo
exige calibragem específica, a fim de assegurar a estabilidade, reduzir o risco
de corte nos pneus ao passar em buracos e, sobretudo, garantir a integridade da
estrutura interna. Somente com a calibragem correta os pneus podem suportar a
carga e a velocidade máximas pré-estabelecidas no projeto do automóvel.
Mais que isso, a calibragem ideal permite aos pneus uma menor freqüência de
flexões durante a rodagem, consumindo menos energia mecânica do motor. Para o
consumidor, isso se traduz em economia, já que um carro que circula com a
calibragem dos pneus defasada em 20% consome aproximadamente 2% a mais de
combustível. Para o meio ambiente, a conseqüência é a menor emissão de monóxido
de carbono, o que contribui para reduzir a poluição do ar.
De acordo com o departamento técnico da Michelin no Brasil, o ideal é calibrar
os pneus no máximo a cada 15 dias, sempre quando estiverem frios, seguindo a
pressão recomendada pelo fabricante do veículo. Em caso de perda de pressão
antes desse período, é aconselhável que o proprietário procure um revendedor
Michelin autorizado para verificação e correção da causa da perda de ar. « Isso
pode ser sinal de que há um ponto de fuga de ar, que pode ser provocado por um
furo, deformação na roda ou mesmo vazamento na região da válvula », esclarece
Flavio Santana, gerente de Marketing Produto para Pneus de Passeio e Caminhonete
da Michelin no Brasil.
Desgaste - Outro ponto importante a ser observado em um pneu é a forma de
desgaste. Se acontecer de forma irregular, resulta em perda de aderência e afeta
a estabilidade do veículo, que fica puxando para um dos lados. Uma banda de
rodagem deformada pode indicar ainda problemas na suspensão, amortecedores ou
alinhamento. « Uma forma de evitar esses danos é fazer regularmente o
balanceamento e o alinhamento das rodas », diz Santana.
Para analisar o desgaste dos pneus, o motorista deve observar a saliência
existente no fundo dos sulcos. Se estiver nivelada com a banda de rodagem,
significa que chegou a hora da troca. Segundo o Código Nacional de Trânsito, os
sulcos devem ter a profundidade mínima de 1,6 mm. A Michelin, entretanto,
recomenda que a troca seja feita antes desse ponto. « Sobretudo em períodos de
chuva, quando as pistas ficam freqüentemente cobertas por grandes bolsões de
água, aumentando o risco de aquaplanagem », recomenda.
Rodízio - O rodízio é uma boa forma de aproveitar os pneus do carro, pois
permite que tenham consumo equivalente e durem mais. Mas é importante respeitar
o limite de desgaste. A Michelin recomenda que a troca de posição entre os
quatro pneus do veículo seja feita a cada 7 mil quilômetros rodados. Um mesmo
eixo pede componentes de mesma marca e modelo, pois o comportamento varia em
função do desenho da banda de rodagem.
A maioria dos fabricantes de veículos recomenda o rodízio da dianteira para a
traseira, e vice-versa, sem inverter o sentido de rotação do pneu. Isto visa a
evitar que pneus que tenham sentido de rotação determinado sejam montados de
forma invertida.
Se os pneus não tiverem sentido de rotação determinado, porém, a recomendação da
Michelin é fazer o rodízio em forma de "x". Ou seja, o pneu dianteiro esquerdo
vai passar a ser o pneu traseiro direito, o pneu dianteiro direito vai passar a
ser o pneu traseiro esquerdo, e vice-versa. Assim, se obtém melhor rendimento do
conjunto. « Não há nenhum problema técnico ou restrição em inverter o sentido de
rotação, desde que esta informação não esteja determinada na banda de rodagem »,
destaca o gerente.
Troca - Quando o nível de desgaste chega ao limite, os pneus devem ser
substituídos por outros de dimensões iguais ou equivalentes às homologadas pelo
fabricante do veículo - respeitando índices de carga e performance igual ou
superior. Na troca de apenas dois pneus, estes devem ser instalados no eixo
traseiro. Isso garante ao carro melhor resposta em curvas fechadas, sobretudo
sobre pisos molhados, equilíbrio em freadas bruscas e máxima segurança no eixo
em que o condutor não tem controle direcional.
Pneus com desenhos de banda de rodagem diferentes não devem ser montados no
mesmo eixo para evitar problemas na geometria e na estabilidade do veículo. Cada
pneu tem sua própria arquitetura interna e, conseqüentemente, pneus diferentes
possuem comportamentos diversos. Dois de mesmo desenho, no mesmo eixo, se
compensam.
Trafegando por rodovias - Deformações nas estradas podem causar graves
danos aos pneus que, ao passarem por obstáculos, sofrem forte compressão contra
a roda, deteriorando os flancos. Causada em alta velocidade, uma avaria desse
tipo compromete a segurança dos ocupantes do veículo, pois pode levar à perda do
controle de direção. O mais aconselhável nesse caso é trafegar em velocidade
baixa, com os pneus bem calibrados.
A identidade do pneu - Os pneus comercializados no Brasil seguem as
normas mundiais para especificação das dimensões. No caso de um pneu com
especificações 175/70 R13 : 175 é a largura do pneu montado e inflado em
milímetros; 70 indica que a altura do flanco corresponde a 70% da largura do
pneu - esta indicação corresponde à série do pneu; R significa que a estrutura
deste pneu é radial (D é quando o pneu é diagonal); e 13 é o diâmetro da roda em
polegadas.
Inspeção técnica do pneu - Em suas revendas exclusivas, a Michelin dispõe
de um verificador técnico capaz de realizar um exame completo dos pneus e, se
necessário, serviços de balanceamento, alinhamento, calibragem e rodízio para os
consumidores que irão viajar. Os endereços das lojas da rede Michelin em todo o
Brasil são informados pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), no
telefone 0800-9709400.
Pneus com garantia - A Michelin oferece garantia contra danos acidentais
para toda a linha de pneus para carros de passeio e caminhonetes vendida no
Brasil, sem nenhum custo adicional para o consumidor. O benefício é parte do
programa Multiproteção Michelin, que prevê também garantia de fabricação de
cinco anos e de quilometragem, além de serviços gratuitos de reparos de danos.
Mais informações podem ser obtidas pelo SAC da Michelin ou no site da empresa:
www.michelin.com.br .