Ao contrário do que alguns adeptos da vida de solteiro pensam, o casamento
não deve ser encarado apenas como sinônimo de aumento das despesas. Pelo
contrário: a união de um casal, quando bem planejada e conduzida, pode sim fazer
bem às finanças pessoais. Mas, como?
Período de adaptação
É inegável que, para isso, o casal passe por um período de adaptação, que
deve ser encarado com paciência e naturalidade. Afinal, o foco de cada um de
vocês mudou, mas nem sempre essa constatação vem rápido.
Quer um exemplo? Antes do final do primeiro mês de casado, mesmo somando seu
salário ao de seu cônjuge, o dinheiro parece ter "criado asas". Com a conta no
vermelho e ciente dos seus gastos, você procura o motivo. Percebe que houve, por
parte da sua "cara metade", um gasto excessivo com shopping, lojas de decoração
e supermercado.
A dica é: paciência! Com muito diálogo e concentrando os objetivos, vocês
poderão unir esforços e traçar metas financeiras bastante interessantes. As
receitas líquidas, somadas, devem sim ser mais fortes do que a vontade de
gastar. Pensando dessa forma, ficará mais fácil ao casal crescer
financeiramente.
União de forças
Para se ter uma idéia, estudo elaborado pelo pesquisador do Centro de
Pesquisa de Recursos Humanos, Jay Zagorsky, da Universidade do Estado de Ohio
exemplifica a questão.
Em seu estudo, Zagorsky separou os ativos (soma de imóveis, ações, contas
bancárias) do casal em duas partes, de forma que pudessem ser comparados com os
ativos de uma pessoa solteira. A constatação a que chegou é que as pessoas que
se casam (e se mantêm casadas) acumulam individualmente um patrimônio quase duas
vezes maior do que uma pessoa solteira ou divorciada!
Além disso, como destaca outro pesquisador, David Popenoe, co-diretor do
Programa Nacional de Casamento da Universidade de Rutgers nos EUA, as pessoas
ficam economicamente mais produtivas após o casamento.
Segundo Popenoe, os casados trabalham mais e avançam profissionalmente mais
rápido, assim como poupam mais e possivelmente investem com mais cautela.
Sentido inverso
Economia de escala é, portanto, a palavra-chave por trás da maior capacidade
de acumular riqueza dos casais, frente aos solteiros e divorciados. Afinal, é
mais barato manter uma casa do que duas.
Vale lembrar que, no divórcio, a situação naturalmente é outra, pois essas
economias de escala são revertidas. Não é à toa, portanto, que o próprio
Zagorsky afirme que o divórcio é uma das formas mais rápidas de se destruir
riqueza da nossa sociedade.