Ações / Bolsa de Valores - Aplicar em ações de forma direta ou via fundos? Qual a melhor opção para seu bolso?
O investidor interessado em aplicar em ações usualmente se depara com uma dúvida
importante: seria melhor adquirir papéis de forma direta ou passar a ser cotista
de um fundo de ações?
O questionamento é, de fato, bastante relevante. A compra de ações por conta
própria pode ser menos custosa em termos monetários, dado que não exige o
pagamento de uma taxa de administração ao gestor do fundo. Em contrapartida,
demanda um maior conhecimento e um acompanhamento contínuo da Bolsa, pois o
investidor, por si só, terá de escolher quais papéis comprar e em qual momento o
fará.
Já a opção de aplicar em um fundo de ações oferece o outro lado da moeda. Requer
o pagamento de uma taxa de administração, mas deixa nas mãos de um especialista
a seleção das ações a ser compradas e o timing de entrar ou sair do
mercado.
Veja qual o seu perfil
A recomendação canônica neste caso é, de certa forma, trivial. Se você acompanha
de perto o dia-a-dia do mercado de renda variável, dispõe de ferramentas
adequadas para listar quais ações tendem a apresentar um bom desempenho e é
craque em determinar os momentos de comprar e vender, não tenha dúvida! Aplique
por si mesmo e não arque com o ônus das taxas de administração, pois suas
chances de montar uma estratégia bem sucedida são grandes.
Reunir todas estas qualidades, porém, pode ser bastante difícil, sobretudo para
aqueles pouco familiarizados com o funcionamento do universo das finanças e suas
nuances. Daí então, a alternativa de investir em um fundo de ações aparece como
interessante, deixando nas mãos de alguém (teoricamente) com todas estas
características a responsabilidade de gerir o seu dinheiro.
Fundos atrelados a índices
Dentro deste escopo, uma possibilidade é escolher fundos de ações referenciados
a um determinado índice, ou seja, que buscam replicar ou superar o retorno
oferecido pelo respectivo índice.
Desta forma, o investidor não assume riscos específicos de investir em certos
papéis, assumindo apenas o risco de mercado. Em outras palavras, quando a Bolsa
como um todo vai bem, ele também apura ganhos interessantes.
Fundos Ibovespa
Os esperançosos quanto a uma boa evolução do mercado acionário brasileiro têm
nesta alternativa uma aposta em linha com suas preferências. Para estes, tentar
replicar ou até mesmo superar o comportamento do Ibovespa, principal índice da
Bolsa de Valores de São Paulo, talvez seja uma possibilidade atraente.
De acordo com a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), há
basicamente três formas, dentro dos fundos de investimentos, de buscar ter seus
rendimentos associados ao Ibovespa.
Três classes de fundos
A primeira delas diz respeito aos fundos de ações Ibovespa indexado. Estes têm
por objetivo acompanhar o desempenho do índice e não permitem alavancagem - não
é permitida a possibilidade do fundo arcar com um prejuízo superior ao seu
patrimônio.
Uma outra opção é por meio dos fundos de ações Ibovespa ativo, que utilizam o
principal índice da Bolsa como referência, tendo como meta explícita superar os
seus rendimentos. Também não admitem alavancagem.
Por fim, a terceira possibilidade é aplicar nos fundos de ações Ibovespa ativo
com alavancagem, cujo objetivo é semelhante ao do grupo anterior, porém admitem
a prática de alavancagem. Obviamente, à medida que se caminha da primeira classe
para esta terceira tende a haver um maior risco na aplicação.
Veja cada um
Conhecidas as alternativas, vale a pena observar quanto vêm rendendo cada uma
destas classes de fundos, o que pode ajudar na montagem de uma estratégia de
investimentos sólida.
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