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Seguros - Seguro ou plano de saúde 

Data: 16/09/2008

 
 
Os gastos com saúde respondem por cerca de 5% do total das despesas das famílias brasileiras, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este percentual, contudo, reflete uma média nacional. Além de não levar em consideração renda ou localização, ele também inclui as pessoas que utilizam o sistema público de saúde, e que, portanto, quase não têm despesas com atendimento médico.

Na prática, isso significa que o gasto efetivo com saúde de uma família que opta pela utilização do sistema privado pode ser bem mais elevado. Assim, contratar um plano ou seguro saúde é cada vez mais uma necessidade, especialmente se considerarmos a qualidade dos serviços públicos oferecidos neste segmento.

Plano ou seguro saúde?

A maior diferença entre os planos e seguros-saúde é operacional. Se você quer ter liberdade de escolha de médicos e hospital, os seguros são mais indicados, pois com eles é possível consultar médicos e entidades que não sejam conveniadas, o que já não acontece nos planos de saúde.

Em outras palavras, o seguro dá mais flexibilidade. Mas, dependendo do seguro contratado, o valor reembolsado pode ser muito inferior ao preço da consulta. Neste tipo de situação, é mais vantajoso optar por médicos conveniados, pois o reembolso é total. Outra diferença é que as seguradoras não podem administrar diretamente hospitais ou clínicas médicas.

Escolhendo a cobertura ideal para você

Tanto os planos de saúde quanto dos seguros de saúde oferecem hoje cinco tipos de coberturas. Além do plano de referência, existem outras quatro coberturas segmentadas, como detalhado abaixo:
  • Plano de referência: por ser o mais completo, já que engloba os benefícios dos planos ambulatoriais e hospitalares, é também o mais caro. Além de consultas médicas, exames, partos e tratamentos, inclusive para doenças como câncer e Aids, esses planos também dão acesso a cirurgias e transplantes.
     
  • Plano ambulatorial: a cobertura básica garante consultas médicas em número ilimitado, acesso a todos os procedimentos ambulatoriais, inclusive aqueles que exijam procedimento cirúrgico, sendo permitida a internação hospitalar desde que não supere o período de 12 horas. O plano também dá acesso ao tratamento de hemodiálise, quimioterapia (desde que não exija internação), radioterapia e cirurgias oftalmológicas. Para quem tem problema de coração, contudo, o plano não permite exame de cateterismo, assim como exclui cirurgias com anestesia geral.
     
  • Hospitalar: o foco deste tipo de plano é o acesso à internação hospitalar tanto em quarto comum como em quarto de unidade de terapia intensiva. Nos dois casos não há limite de prazo. Este tipo de plano também cobre gastos com médicos e enfermeiras durante a internação, assim como exames complementares, medicamentos, transfusões e tratamento de quimioterapia.

    Por um custo adicional, também é possível ter cobertura para doença pré-existente, ou, segundo previsto em Lei, de cobertura temporária para estas doenças. Em contrapartida, não é oferecida cobertura para atendimento pré-natal, transplantes que não de rim e córnea, consultas ambulatoriais, clínicas de repouso para idosos e clínicas de emagrecimento.
     
  • Plano hospitalar com obstetrícia: Oferece a mesma cobertura que o plano hospitalar, e inclui atendimento pré-natal, assistências ao parto e recém nascido por 30 dias, assim como eventuais complicações pós-parto da mãe. Desde que o plano seja feito até 30 dias após o nascimento do bebê, também permite a inclusão do filho como dependente do plano, sem que seja exigida carência.
     
  • Plano odontológico: Garante cobertura de todas as despesas com tratamento dentário realizado em consultório e sem anestesia geral. Isso inclui, por exemplo, endodontia, cirurgias menores com anestesia local, periodontia e exames de radiologia.
O que não é incluído?

Nenhum dos planos oferece cobertura para inseminação artificial, tratamentos experimentais, assim como não fornecem próteses ou acessórios e equipamentos que não estejam ligados ao ato cirúrgico coberto pelo plano.

Tratamentos psicológicos e de fisioterapia também não são obrigatoriamente cobertos, pois não são consideradas especialidades médicas, assim como cirurgias plásticas e tratamentos de emagrecimento com finalidade estética. Os procedimentos médicos e odontológicos que não são relacionados pelo Conselho Nacional de Saúde, como a homeopatia, por exemplo, também não são cobertos.

Faça as contas

O valor da mensalidade é função não só do seu perfil de risco, como também das coberturas às quais você quer ter direito. Se você não tem como arcar com os custos de um plano de referência, avalie suas necessidades e combine alguns planos segmentados, de forma a obter uma cobertura mais ampla, sem custos exagerados.


 
Referência: financaspraticas.com
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