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Investimentos / Fundos - Rating: como uma agência classifica o risco de uma emissão de dívida? 

Data: 12/09/2007

 
 

Antes de investir em um título de dívida corporativa, usualmente o investidor avalia o rating desta emissão. Ou seja, busca informações que possam detalhar a capacidade de pagamento da companhia, o risco da operação.

Desta forma, antes de emitir títulos de dívida, as empresas buscam uma agência para atribuir um rating à sua emissão, na maioria das vezes, mais de uma. Mas como as instituições de classificação de risco avaliam estas empresas?

Relacionamento com a empresa
Quando as companhias contratam alguma agência para a análise de uma determinada emissão, se comprometem em fornecer as informações necessárias, relevantes, e solicitadas por elas para a análise detalhada da capacidade de pagamento.

Sem as informações necessárias, as próprias agências podem se recusar a realizar o serviço, pois a avaliação poderia ser questionada mais à frente, prejudicando os investidores. E não são poucos os detalhes.

Processo de análise
Para atribuir um rating de crédito, o analista considera diversas variáveis, passando por análise qualitativa: critérios de gestão, estratégia e flexibilidade financeira; análise quantitativa: balanços, desempenho passado e projeções; posicionamento no mercado; competitividade no setor: global e doméstico; ambiente regulatório: global e doméstico; análise setorial e análise macro (soberana).

Vale destacar ainda que, para uma análise mais fiel, as agências podem ter acesso às informações privilegiadas sobre os movimentos e estratégias futuras das companhias, cabendo a elas a decisão de fornecê-las, ou não, para os analistas.

Mas, como ponderou a analista da Moody's, Fernanda Guimarães, no evento "Ratings: definições e processos", realizado em São Paulo nesta semana, "isso não quer dizer que o rating será melhor avaliado. Ele pode até piorar".

Uma reunião de analistas com a própria empresa também faz parte do processo da avaliação. A Standard & Poor's, por exemplo, convoca uma equipe, geralmente composta de dois a quatro membros, incluindo um analista setorial (que também estará encarregado de fazer o contato diário com o cliente) e outros que estejam familiarizados com o setor em questão, para o encontro.

Atribuindo o rating
Depois de avaliar a companhia, o analista leva sua decisão para um comitê interno, no qual o rating atribuído é debatido e votado. O número de analistas nos comitês não é fixo e pode variar dependendo do tipo da operação.

Em se tratando de uma empresa, a reunião pode contar com a presença de um analista do mesmo setor no país e de outra região do mundo, o analista soberano e outros diretores. Depois de ouvir o analista líder da empresa, cada membro dá o seu voto para afirmar, ou não, o rating. Os comitês da agência Fitch, por exemplo, são compostos por 5 a 9 membros.

Definida a nota, a decisão é comunicada ao emissor e, posteriormente, aos investidores e à imprensa.



 
Referência: -
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