Aposentadoria - Sem desculpas: idade e dinheiro não devem impedir adesão à previdência privada
O mercado de previdência complementar tem mostrado números positivos,
indicando que o brasileiro está preocupado com o futuro financeiro e de olho em
uma aposentadoria melhor.
No entanto, apesar deste crescimento, existem alguns mitos que ainda inibem a
entrada de novos adeptos à previdência privada. "Pensar que a previdência
privada custa caro ou é feita apenas para uma pequena parcela da população é ter
uma visão errada do que os pacotes disponíveis no mercado podem oferecer",
afirma o economista e gerente de negócios da Kiman Solutions, Keyton Pedreira.
De 8 a 80
A principal desculpa gira em torno da idade. Enquanto uns afirmam que não aderem
a um plano de previdência por serem jovens demais e terem muito tempo para
pensar nisso, outros dizem ser velhos demais.
De acordo com Pedreira, "nada mais errado". Para os jovens, apesar de a
aposentadoria ainda estar longe, começar o quanto antes permite que, com uma
pequena parcela mensal - que não pesará no bolso e nem o privará de pequenos
luxos da idade -, seja possível acumular uma boa quantia na aposentadoria.
Para os mais velhos, o importante é seguir o ditado "Antes tarde do que nunca".
Uma pessoa com 45 anos, por exemplo, ainda tem outros 10 ou 15 anos até se
aposentar, isso sem mencionar a longevidade, que mostra que os brasileiros estão
vivendo cada vez mais. Ou seja, mesmo que um pouco mais tarde, a pessoa ainda
tem tempo suficiente para contratar um plano de previdência e garantir uma
aposentadoria um pouco mais tranqüila.
No bolso
Além da idade, outro mito que ronda o mercado é a questão da disponibilidade
financeira. Segundo Pedreira, no entanto, o mercado de previdência está
apostando no crescimento dos planos direcionados aos consumidores populares.
"As seguradoras se esforçam para derrubar a idéia de que ter um plano de
previdência privada custa caro ou é um investimento restrito a uma pequena
parcela da população", afirma o especialista.
Atualmente, os pacotes disponíveis no mercado já permitem contribuições a partir
de R$ 30 por mês. Outros, depois de abertos, podem receber aplicações a qualquer
momento, para aproveitar uma sobra de dinheiro do aplicador.
"É melhor se planejar agora do que depender do Governo para garantir a qualidade
de vida na aposentadoria", conclui o economista.
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