Em todo o mundo ainda é pequeno o número de pessoas se preparando para uma
aposentadoria completamente protegida. Dados da pesquisa "O Futuro da
Aposentadoria", realizada pelo banco HSBC, revelam que a maior parte dos que se
preparam para este momento estão na Europa e na América do Norte, e que a
poupança e o investimento em ações são as formas mais utilizadas para este
objetivo.
Já o Brasil aparece entre os países considerados totalmente desprotegidos para a
aposentadoria. "Hoje já existe uma parcela significativa de brasileiros
preocupados com o assunto e abertos a discutir o planejamento para o momento da
aposentadoria. No entanto, muitos ainda só estão pensando no assunto, sem agir
concretamente para uma aposentadoria financeiramente estável", explica o diretor
de seguros do banco no Brasil, Fernando Moreira.
Entre os brasileiros que planejam sua aposentadoria, entre 79% e 91% afirmam que
suas principais fontes de renda serão os benefícios e pensões. "Isso é
preocupante porque todos nós sabemos que o governo dificilmente terá condições
de pagar valores decentes de aposentadoria".
Por idade
Quando questionados sobre quais serão as três principais fontes de renda da
aposentadoria, 91% dos brasileiros entre 50 e 59 anos responderam benefícios e
pensões, enquanto 14% citaram os juros de conta poupança, 14% disseram aluguel
de propriedades e 9% citaram a receita de títulos e ações.
Os benefícios e pensões também estão no topo da lista dos brasileiros entre 60 e
69 anos, com 84%, seguidos pelos juros de conta poupança (19%), aluguel de
propriedades (11%), vendas de ativos* (8%) e receita de títulos e ações (5%).
A situação é semelhante entre os que têm entre 70 e 79 anos, já que 79%
responderam benefícios e pensões, 18% disseram juros de conta poupança, 13%
aluguel de propriedades e 3% venda de ativos.
Região
Na Europa e na América do Norte, regiões que abrigam, segundo a pesquisa, o
maior número de pessoas preparadas para a aposentadoria, a maioria dos
trabalhadores e aposentados tem a poupança como principal fonte de renda para
quando deixarem de trabalhar, seguidos por ações. Na Europa os benefícios e
pensões aparecem em terceiro ligar, enquanto na América do Norte os ativos
ganham espaço entre os trabalhadores abaixo de 60 anos.
Na Ásia, os números mostram que a poupança é claramente a principal fonte.
Somente em três situações ela não é uma das principais fontes de renda: entre
pessoas com 50 e 69 anos da Coréia do Sul, que indicam o aluguel de propriedades
(47%) e os benefícios e pensões (59%) como principais fontes, e entre a faixa de
70-79 anos no Japão, que aponta benefícios e pensões (65%).
Já na América do Sul, benefícios e pensões são indicados tanto por trabalhadores
com menos de 60 anos, quanto por aposentados com mais de 60 anos. Em segundo
lugar aparece a poupança, seguida de ativos, aluguéis e por último ficam as
ações.
* venda de negócios, venda de casa própria e venda de investimentos, por
exemplo.