As empresas brasileiras ainda têm muito a avançar quando o assunto é ajudar
pessoalmente os seus funcionários, por meio do Programa de Assistência a
Empregados.
De acordo com pesquisa divulgada na última quarta-feira (23) pela Watson Wyatt
(realizada com 168 empresas nacionais e multinacionais), apenas 27% das
organizações possuem o programa, o que indica que a ajuda pessoal ainda é uma
prática não consolidada no mercado de trabalho brasileiro.
O programa é um serviço de apoio ao indivíduo em relação aos seus problemas
pessoais, visando minimizar os efeitos desses eventos na atividade profissional
e, conseqüentemente, manter e melhorar a produtividade da empresa. Trata-se de
algo adicional ao plano de saúde.
Serviços oferecidos
As empresas que oferecem o serviço são, em sua maioria (59%), as multinacionais,
sendo que 26% delas têm capital de origem norte-americana. Além disso, boa parte
delas (22%) tem entre 1.001 e 2 mil funcionários.
Dentre as empresas que oferecem o programa, a maior parte (76%) estende o
benefício aos familiares. De acordo com a Watson Wyatt, isso mostra uma
preocupação das empresas na manutenção da harmonia do ambiente familiar, já que
problemas em casa podem afetar o rendimento no trabalho.
Em relação às assessorias prestadas, as seguintes se destacam: dependência
química, distúrbios psicológicos e problemas no trabalho (91% das empresas
oferecem); problemas familiares e estresse cotidianos (84%) e assessoria
financeira (82%).
Perfil do programa
O programa é administrado pela própria empresa em 60% dos casos, segundo
constatado pela pesquisa. O primeiro contato com o empregado é feito,
geralmente, por meio do RH (Recursos Humanos) e call center.
Por representar um custo baixo, 90% das companhias assumem totalmente os custos
do programa, sem repasse aos colaboradores.