Economizar / Poupar - De olho no bolso: pagar mais barato nem sempre é a melhor decisão
No supermercado, você sempre compra o produto mais barato? Se vai abastecer o
carro, já se dirige ao posto em que o combustível está mais em conta? Pois saiba
que este tipo de atitude, apesar de positiva para o seu bolso num primeiro
momento, pode acabar por prejudicá-lo financeiramente no futuro.
Ninguém discorda que analisar o preço antes de adquirir um bem ou serviço é
bastante positivo. No entanto, este não deve ser o único critério a se
considerar, o que significa que querer levar para a casa sempre o mais barato
pode não ser a melhor opção. Em algumas situações, pagar mais barato pode não
ser a atitude mais inteligente.
Um exemplo bem claro está nos supermercados. Alguns alimentos são expostos com
preços bem menores do que os normalmente praticados, um "prato cheio" para quem
não gosta de gastar. O que o consumidor deve saber, porém, é que estes alimentos
costumam ter um prazo de validade menor e é por isso que estão em promoção. Os
supermercados têm como intenção principal escoá-los de maneira rápida.
Se pretende adquiri-los, preste atenção aos seus hábitos, e não ao preço. Será
que terá condições de consumi-lo antes que atinja o prazo de validade? Se a
resposta for não, estará jogando seu dinheiro fora.
Combustível mais em conta
Abastecer o carro está cada vez mais caro no Brasil. Dados divulgados pela ANP
(Agência Nacional do Petróleo) revelaram que o metro cúbico do GNV (gás natural
veicular) ficou, em média, 22,89% mais caro entre agosto de 2007 e 2008. A
gasolina, por sua vez, encareceu 0,52% e o álcool, 8,09%.
Diante desta realidade, é totalmente compreensível que o brasileiro procure um
valor mais barato, mas, neste caso, todo o cuidado é pouco: existem postos mal
intencionados que vendem combustível adulterado e, por isso, o preço é menor.
Apesar de gastar menos, o carro poderá ter um problema mecânico. Abastecer o
carro com combustível adulterado pode causar danos, por exemplo, ao motor do
veículo, gerando gastos extras com manutenção e com o próprio abastecimento, já
que o consumo aumenta, uma vez que o combustível não é eficiente.
Todo o cuidado é pouco na procura por um posto: até o fim de junho deste ano, a
ANP já havia feito 2.123 ações de fiscalização de postos somente em São Paulo, o
que resultou em 736 autuações e 114 interdições.
Outras situações
Confira abaixo outras situações em que comprar o mais barato pode não ser a
atitude mais inteligente a se tomar:
- Uma roupa em promoção pode ser tentador, mas também pode significar
perda de dinheiro. Antes de realizar a compra, optando pelo mais barato,
analise se a peça não está mais em conta, porque existe algum tipo de
defeito: sempre teste o zíper, procure por manchas e pequenos furos. Além
disso, cheque se a troca será permitida.
- Na aquisição de um carro, também é importante atentar a outros itens,
além do valor mais baixo. Nos automóveis usados, por sua vez, a atenção deve
ser redobrada. Será que a mecânica dele está em ordem? O preço mais baixo
não esconde alguma falha, como uma batida recente? Peça a um mecânico de
confiança que o analise, antes de comprar.
- Eletroeletrônicos sem nota fiscal são mesmo mais baratos, mas não
possuem a garantia da qualidade. E se acontecer algum problema e ele parar
de funcionar? Neste caso, você, como consumidor, não terá os seus direitos
de troca garantidos.
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