Seguros - Com novas regras do celular, cliente não precisará mais cumprir carência de planos
O tema nove do regulamento, que traz as novas regras para telefonia celular,
vigentes a partir desta quarta-feira (13), traz benefícios a consumidores que
queiram mudar de plano dentro da própria operadora. Conforme o texto, "não
existe mais prazo de carência para troca, por iniciativa do usuário". Na
avaliação da Fundação Procon de São Paulo, esse benefício vale inclusive para
contratos firmados até a última terça-feira (12).
"Essa é uma questão bastante polêmica, mas, a princípio, vale para todo mundo",
afirmou Fátima Lemos, técnica de defesa do consumidor da entidade. Procurada
pela reportagem, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não se
manifestou sobre o assunto.
Carência x fidelização
O tema em questão esclarece a distinção entre prazos de carência e de
fidelização. O de carência é exatamente aquele em que o cliente de serviço
pós-pago opta por um certo pacote de minutos e não pode rescindir o contrato em
um prazo determinado, sob pena de aplicação de multa.
Já o de fidelização consiste em desconto e promoções que a operadora fornece ao
consumidor, como, por exemplo, aparelhos celulares com preço mais em conta. O
consumidor não pode migrar para outra prestadora em um período pré-acordado,
desde que não seja superior a 12 meses. "Antes, havia contratos que firmavam um
período de 24 meses, até mais", contou Fátima.
Comparação de contas
Outro ponto abordado no documento de regulação obriga a empresa a fornecer
ao consumidor, quando solicitada, comparação entre o valor gasto nos últimos
três meses em seu plano de minutos com relação ao valor gasto que teria, nos
respectivos meses, em outro pacote oferecido pela prestadora. "Assim ficará mais
fácil economizar, porque mostrará o perfil de gasto", explicou.
A impossibilidade de serem cobradas ligações efetuadas 60 dias antes da
apresentação da fatura também foi motivo de comemoração. "Antes era permitido o
prazo de 90 dias. O perigo de ter um tempo tão longo assim é a empresa não
cobrar nenhuma ligação em determinado mês - fazendo com que a pessoa tenha que
pagar a mensalidade fixa - e cobrar todas as ligações depois, ultrapassado o
pacote contratado e gerando prejuízos", adicionou.
Atualmente, são mais de 120 milhões de linhas registradas no serviço de
telefonia móvel brasileiro. Desse total, 20% se referem a contas pós-pagas.
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