Para quem quer garantir o futuro, se preocupar com os meios para se obter uma
aposentadoria que consiga suprir as necessidades na melhor idade e que ainda
permita manter um estilo de vida próximo ao que se tem hoje é o primeiro passo.
Afinal, apenas o benefício da Previdência Social pode não ser suficiente nessa
fase da vida.
Optar por um plano de previdência privada é uma das formas de garantir uma
aposentadoria tranquila. Contudo, ainda há muitas dúvidas em torno desse
investimento. Por quanto tempo é preciso manter um plano desse tipo? É possível
ter outros benefícios com o plano privado, além da aposentadoria? Quem pode
contratá-lo?
Antes de escolher seu plano de previdência complementar é preciso esclarecer
alguns mitos, bem como reiterar algumas verdades. Para tanto, o diretor de
distribuição em canais bancários da MetLife, Flavio Sahib, aponta quais são as
dez principais questões da previdência privada.
Os cinco mitos
Mitos e lendas não faltam quando o assunto é previdência complementar. Para
quem pensa em contratar esse tipo de plano precisa ficar atento a vários
aspectos ligados ao seu estilo de vida, renda e perfil. Contudo, a ideia de que
quando se é muito jovem ou mais maduro não é possível ter um plano de
previdência privada é um dos mitos mais propagados sobre essa modalidade.
Para Sahib, quanto mais cedo a pessoa começar a se planejar para a
aposentadoria melhor. Mas aqueles que passaram dos 45 anos de idade, por
exemplo, também podem acumular recursos suficientes para uma aposentadoria
tranquila. “Estamos vivendo mais, portanto, mesmo que um pouco mais tarde, ainda
há tempo para contratar um plano de previdência e garantir uma aposentadoria
mais tranquila”, afirmou Sahib.
Pensar que o plano complementar é para poucos também deixa de fora muitos que
poderiam garantir uma renda extra para o futuro. De acordo com o especialista,
hoje, já existem no mercado planos que permitem contribuições a partir de R$ 30
por mês, bem como existem planos que podem receber aplicações a qualquer momento
depois de abertos.
Outro mito é aquele que diz que essa modalidade de investimento é para
determinado perfil de renda e classe social. Sahib explica que embora os planos
de previdência privada sejam recomendados àqueles que têm salário superior ao
valor máximo que pode ser pago pela Previdência Social, eles podem ajudar como
complemento àqueles com renda mais modesta.
E para quem pensa que os recursos do investimento não são penhoráveis, Sahib
esclarece. “Assim como qualquer outro recurso, os valores acumulados em um plano
de previdência são passiveis de penhora”.
Outro mito apontado pelo especialista: o de que é sempre melhor investir em
fundo de investimento ou CDB, em vez de um plano de previdência. Essa afirmação
dependerá de diversos fatores. Como em qualquer outro investimento, saber se ele
será mais vantajoso que outro dependerá do próprio perfil do investidor, dos
recursos que ele pretende disponibilizar e prazos. “Se for investir em longo
prazo, é sempre bom simular para verificar qual a melhor opção”, sugere Sahib.
As cinco verdades
A previdência privada não tem apenas mitos. Existem muitas verdades sobre
esses planos que devem ser reiteradas. Antes de escolher seu plano, é preciso
ter em mente que fundos de previdência são aplicações de longo prazo. E resgatar
o investimento antes do prazo pode não ser vantajoso, pois a alíquota de Imposto
de Renda pode ser mais alta do que a de outros fundos de investimentos de longo
prazo.
Quem mantém os investimentos durante um longo prazo pagará menos IR, pois
quanto mais tempo o dinheiro permanece aplicado, menos imposto se paga, de
acordo com a tabela regressiva.
Outra verdade e vantagem dos planos privados é a possibilidade de o
investidor definir quanto e quando quer receber sua renda. “É possível optar,
ainda, pela melhor forma de recebê-la, optando entre resgates ou transformação
de renda”, afirma Sahib.
Além disso, de acordo com o especialista, o segurado pode utilizar os planos
de previdência em seu favor, usufruindo de incentivos fiscais e tributários,
utilizando-os como parte de seu planejamento financeiro.
Com planos privados, os segurados também podem migrar de uma empresa para
outra, sem perdas de recursos. Na fase de acumulação, explica o especialista, a
lei permite que o participante ou segurado migre a reserva que tem para outra
instituição, sem custos adicionais. Contudo, durante a fase de aposentadoria não
são permitidas transferências de reservas.