Clique aqui para ir para a página inicial
 

Pular Links de Navegação
»
Home
Contato
Calculadoras
Consultoria
Conteúdo
Cotações
Perfil/Testes
Serviços
Parceiros
Mapa site
[HyperLink1]
Cadastrar
 
    
Assuntos

Total de artigos: 11132
    

 

 

13° salário - Como usar o bem o 13º na compra de um carro novo 

Data: 02/01/2008

 
 

O 13º salário aquece o mercado e ofertas surgem por todo lado. Mas todo cuidado é pouco na hora de usar seu dinheiro extra para trocar de carro

Por Marcio Ishikawa | ilustração: Glauco Diógenes

Link oficial da reportagem: http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/conteudo_261071.shtml
Calculadora feita para essa reportagem: http://www.igf.com.br/calculadoras/FinanciamentoVeiculo.aspx

A chegada do 13º salário deixa um dinheiro extra nas contas bancárias de muitos brasileiros - e boa parte deles opta por usá-lo para trocar de carro. Exatamente por isso, a movimentação no mercado de carros, novos e usados, aumenta muito nessa época do ano, fazendo pipocar ofertas e promoções supostamente irrecusáveis. Mas nem tudo que reluz é ouro. É preciso ter atenção para não ficar com um mico na mão ou mesmo jogar dinheiro fora.

O mercado de carros zero-quilômetro apresenta três situações nesta época do ano: modelos 2007/2007, 2007/2008 e 2008/2008. De acordo com Vitor Meizikas Filho, diretor técnico de pesquisas da Molicar, empresa especializada na pesquisa de preços e tendências no mercado automotivo, os modelos 2007 apresentam características peculiares que pedem muita atenção.

No caso de modelos 2007/2007, os lojistas costumam oferecer descontos para limpar os estoques. Mas, antes de se animar com o desconto, o consumidor deve pesquisar se o veículo escolhido não passará por uma reestilização no próximo ano. Caso isso aconteça, sua depreciação será grande e muito provavelmente não compensará o desconto oferecido.

 

Há ainda modelos que acabaram de sofrer alguma mudança e que por isso são vendidos com descontos maiores. É o que ocorre, por exemplo, com o Fiat Siena, que pode ser encontrado em São Paulo por um preço 15% menor que o de tabela.

No entanto, segundo Meizikas, é melhor não se empolgar demais: "Você comprou barato, mas também irá vender barato mais à frente", explica. "O negócio só vale a pena se o desconto chegar perto de 20%, para compensar a depreciação que certamente acontecerá."

Vale, ainda, a velha receita da pesquisa e negociação. O consultor de finanças Alexandre Lignos, da Consultoria IGF, lembra que os maiores interessados em limpar os estoques são os lojistas. "Os vendedores sempre vão dizer que há vários interessados ou que aquela é a última unidade disponível", diz. "Não caia nessa conversa. E a velha recomendação de pesquisar exaustivamente é mais atual do que nunca."

Em carros modelo 2007/2008, a regra é a mesma, mas vale atentar para dois outros fatores. Primeiro, em relação aos modelos 2008/2008, você terá uma pequena vantagem na hora de pagamento do IPVA do ano que vem, já que pagará o tributo de um modelo 2007, sempre mais em conta que os 2008.

Meizikas lembra que, nesse caso, os melhores negócios devem aparecer em janeiro. "Essa seria a recomendação que eu faria para as pessoas", disse. "Nesse período é possível encontrar muito mais oportunidades e um leque maior de ofertas." Se não encontrar nenhum negócio que se encaixe nas situações descritas, o analista da Molicar recomenda que o consumidor passe a pesquisar os modelos 2008/2008.

Como pagar - Até agora vimos como selecionar e escolher as melhores oportunidades que brotam no mercado nesta época do ano. Mas, mesmo que encontre um modelo que o agrade e que seja um bom negócio, não baixe a guarda. É hora de analisar as melhores opções para pagar pelo seu carro novo.

Segundo Lignos, o ideal é que se faça um planejamento de longo prazo, guardando dinheiro aos poucos num investimento, para conseguir efetuar o pagamento à vista. Além de não pagar juros, o consumidor ganha rendimentos com as aplicações, conseguindo comprar o bem em um período menor que o de um financiamento. Isso, no entanto, requer muita disciplina para aplicar, todo mês, o valor predeterminado - e poucas pessoas conseguem realizar esse tipo de projeto.

A opção preferida atualmente por 71% dos consumidores, em tempos de crédito farto no mercado, é a do financiamento. E, nesse caso, as recomendações básicas indicadas pelo consultor da IGF são:

  • Não comprometer mais de 30% do rendimento líquido familiar. Se houver outra dívida - por exemplo, o parcelamento de um imóvel -, é preciso encaixar os dois financiamentos nesse teto.
  • O número de prestações deve ser o menor possível. Se o valor não atingir o teto de 30% do seu rendimento, é recomendável reduzir o número de parcelas. Assim, você pagará menos juros.
  • Financiar o menor valor possível. E nisso seu 13º salário, junto com o carro que você já possui, irá ajudar muito.
  • Lembrar-se de ter uma reserva - que pode ser separada do valor do 13º - para o pagamento das despesas extras que você terá com o carro novo, como documentação, diferença de IPVA e no valor do seguro
  • Pouca gente se dá conta, mas as taxas de juros são negociáveis. Diante disso - mais uma vez -, é indispensável pesquisar. Não só em várias lojas e bancos, em relação ao mesmo modelo, mas também verificar preços e vantagens de marcas e modelos diferentes, para não deixar passar alguma boa oportunidade. Deve-se também levar em consideração os valores do seguro, que podem variar de acordo com seu perfil e tornar um modelo mais atraente que o outro.

Existe atualmente uma modalidade de financiamento de longuíssimo prazo, em até 84 parcelas (7 anos). Mas a recomendação geral de todos os especialistas é limitar o financiamento a 36 meses, no máximo.

Por fim, Lignos dá algumas recomendações práticas na hora de sair para pesquisar os carros. "Evite levar filhos ou amigos, que acabam influenciando o lado emocional", afirma, dizendo que é preciso, nesse momento, exercitar o lado racional e controlar o consumismo. "Mesmo diante de uma oportunidade que lhe pareça boa, não haja impulsivamente. Conte até dez, volte para casa e faça os cálculos antes de fechar negócio."


DÚVIDAS

JURO ZERO - Às vezes, anúncios vendem um modelo que pode ser financiado com "juro zero". Lignos afirma que, geralmente, os juros estão camuflados, pois o mesmo modelo, à vista, é vendido com desconto. Para ser juro zero, o valor financiado tem que ser igual ao valor à vista.

INVESTIR OU FINANCIAR? - Com alguns fundos de investimento rendendo mais de 50% ao ano, muitas vezes surge a dúvida se não vale a pena financiar o carro e aplicar o dinheiro, em vez de pagar à vista. Segundo o consultor, isso só é válido caso o consumidor tenha uma quantia extra, além do valor do veículo, de reserva. Como os fundos de investimento são voláteis, é possível que em determinados momentos seu rendimento seja zero ou mesmo negativo. Nesses casos, é preciso deixar o dinheiro aplicado por mais tempo para que ele volte a se capitalizar. Caso o dinheiro seja "justo", o risco das aplicações não compensa. Além disso, é preciso ter um certo conhecimento de mercado para não cair em ciladas e, no caso de quantias reduzidas, o baixo rendimento, ainda que um pouco acima das taxas de juros, não vale o risco



 
Referência: revista 4 rodas
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :