O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou, nesta
segunda-feira (03), que a expectativa de vida do brasileiro ao nascer aumentou
32,4% desde 1960, passando para 72,3 em 2006.
Se a perspectiva de viver mais é ótima para todos nós, torna-se um problema para
a economia do País, agravado ainda por outra realidade: o número de
trabalhadores formais (que contribuem efetivamente para a Previdência Social)
tem diminuído, em função das empresas optarem por formas alternativas de
contratação, frente aos altos encargos para manter um funcionário com carteira
assinada.
Déficit da previdência
Você, certamente, já ouviu falar nesse assunto, seja no rádio, TV ou jornal.
Visto como um dos principais problemas do País, ele vem à tona principalmente em
ano de eleições. Mas a pergunta é: você sabe o que ele representa?
Soma-se a isso o fato das pessoas se preocuparem cada vez mais em adquirir
planos de previdência privada. Por que isso acontece?
Pois bem, uma pergunta está bem relacionada à outra. Primeiro, pense em algum
parente seu que receba aposentadoria pela Previdência Social. Com certeza ele já
deve ter falado, alguma vez: "trabalhei tanto e olha só o que recebo agora!"
Porém, além de oferecer condições restritas aos que já trabalharam bastante e
que, por mérito, têm direito à aposentadoria, o problema da Previdência Social
no Brasil tem esbarrado em questões bastante sérias.
Na busca de soluções, que muitas vezes levam a um verdadeiro impasse, o sistema
já passou por algumas reformas para aplacar o déficit. Vamos conhecê-lo melhor?
O déficit da Previdência
A contribuição à Previdência Social feita pelos ativos, ou seja, pelas
pessoas que ainda trabalham, é que cobre os gastos com o pagamento de benefícios
aos aposentados. Este sistema de custeio se chama regime de repartição simples,
e é utilizado também em outros países, como Estados Unidos, Alemanha, França e
Espanha.
O que acontece é que, ao longo dos anos, a relação entre trabalhadores ativos x
inativos tem diminuído: em 1950, existiam oito contribuintes ativos para um
aposentado. Em 1990, este número caiu para a metade, na proporção 2,5 para um.
Atualmente, após nova redução, vivencia-se um "empate": cada trabalhador ativo
remunera um aposentado. Daí o problema.
População mais velha
Mas por que isso ocorre? Pode-se dizer que existem dois fatores que causam
este resultado: o primeiro é o envelhecimento da população. Com um maior
controle da natalidade e aumento da expectativa de vida, o perfil do País, antes
tão jovem, está mudando.
Solução
Para diminuir o déficit, o caminho seria aumentar a receita. Porém, se o
número de trabalhadores ativos não cresce, seria necessário elevar a
contribuição de cada um, o que é completamente inviável (hoje o valor destinado
ao INSS compromete uma porcentagem bastante significativa dos salários).
Em contrapartida, o caminho seria então reduzir as despesas: outro dilema,
considerando-se o número crescente de aposentados!
Para se ter uma idéia, enquanto no Brasil a idade mínima para uma pessoa se
aposentar é de 51,5 anos, nos Estados Unidos é de 67,5 anos. Isso significa que,
por aqui, as pessoas têm se aposentado cedo. Considerando-se a expectativa de
vida, em torno dos 72 anos, a pessoa ficará cerca de 20 anos aposentada!
Previdência Privada: a busca pelo futuro melhor!
Portanto, dá para perceber que este é um tema complexo, o que faz com que as
pessoas procurem alternativas para garantir seu meio de sustento após a
aposentadoria. É aí que os planos de previdência privada têm conquistado seu
espaço.
Começando cada vez mais cedo, o tempo conta a favor de quem procura poupar, e o
plano de previdência oferece este recurso: realizando contribuições periódicas,
a seu critério, você aprende a guardar dinheiro. Com o que hoje lhe parece
pouco, você pode garantir, daqui a vinte, trinta anos, meios para a realização
de alguns sonhos!