O fim de ano se aproxima e, com ele, o tão esperado 13º salário. Neste
momento, as pessoas devem tomar especial cuidado com o que farão com este
dinheiro extra, já que gastar mais pode ser uma opção tentadora, mas certamente
não é o mais recomendável para quem quer melhorar sua saúde financeira.
De acordo com pesquisa da Anefac, realizada com 514 pessoas entre os dias 10 e
23 de outubro, a grande maioria (58%) da população usará o 13º salário para
pagar dívidas. No entanto, 10% pretendem poupar parte do abono natalino para
fazer frente às despesas de começo de ano (como IPTU, IPVA, matrícula e
materiais escolares).
Já outros 2% afirmaram que vão poupar parte do que vai sobrar, com uma visão
mais de longo prazo.
Uso depende da situação financeira
Quem tem dívidas de qualquer natureza deve priorizar o pagamento, antes de
pensar em qualquer outra utilização para o abono. Nestes casos, compras podem
significar ainda mais dívidas.
Por outro lado, quem está com uma situação financeira mais tranqüila pode
aproveitar o dinheiro extra para iniciar uma reserva de emergência e começar a
investir, de olho no futuro, com o objetivo de fazer o dinheiro crescer.
No entanto, quem faz parte deste último grupo, antes de escolher a melhor
aplicação, deve avaliar alguns pontos fundamentais, como objetivos, prazos e
apetite para o risco.
Onde investir?
Não existe investimento certo, mas, sim, a aplicação correta de acordo com o
perfil de cada um.
Por exemplo: se a sua intenção é usar o dinheiro para montar uma reserva de
emergência, então é possível que efetue resgates no curto prazo. Neste caso, a
renda fixa ainda é a melhor opção, sobretudo se a quantia investida não for
elevada e você tiver um perfil mais conservador.
Agora, quem já tem um objetivo de longo prazo, e um maior apetite para o risco,
pode optar por investir em renda variável. A rentabilidade destes investimentos
é maior, no entanto, por conta disso, a possibilidade de perdas também cresce,
ou seja, quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno do investimento.
Adiar é o maior risco
Independentemente de seu perfil, seja ele conservador, seja moderado ou seja
agressivo, o maior risco que se corre é adiar a decisão de investir. Muitos
acreditam não ter dinheiro suficiente ou, ainda, ter muito tempo para pensar
nisso.
No entanto, a decisão independe da renda e, com relação à idade, o quanto antes
começar, menor será o esforço mensal para conquistar um bom patrimônio no
futuro.