Negócios / Empreendedorismo - Entre vírgulas, pontos e novas expressões busque a clareza e a simplicidade 

Para escrever bem no mundo dos negócios, valem as mesmas regras e dicas do falar e portar-se bem em público: seja simples e objetivo.

Há tempos estamos comentando o quanto é importante para o vendedor desenvolver a habilidade de comunicar-se bem, persuadir o cliente sem tornar-se inconveniente, portar-se bem em público. Mas... e quando o vendedor precisa comunicar-se por escrito? Quais são as habilidades necessárias? Como levar informações necessárias sem provocar mal-entendidos ou distorções? Escrever bem é uma necessidade para profissionais das mais diversas áreas – e, portanto, também para o vendedor.

Em tempos de novas tecnologias, de pressão por resultados, de rapidez no atendimento e nas respostas ao cliente, boa parte da comunicação, necessariamente, se dá por escrito. Portanto, mãos à obra! É fundamental escrever.

E para que o resultado seja efetivo, a primeira dica para escrever bem é buscar sempre a clareza e a objetividade, o que não é difícil se tomarmos o caminho da simplicidade. Não é necessário escolher palavras sofisticadas, estruturas gramaticais complexas ou expressões que eram usuais na chamada “redação empresarial” dos tempos antigos. Isso significa dizer que não precisamos, e nem devemos, começar uma mensagem com “Venho por meio desta...”. Pelo contrário, o ideal é ir direto ao assunto, sem rodeios nem floreios.

A utilização correta das normas da língua portuguesa também é desejável, para não dizer básica. Erros de concordância estão entre os mais comuns, mas normalmente a releitura do texto pode evitá-los. Devemos atentar para detalhes, como perceber se começamos a frase no singular e terminamos no plural; se começamos no feminino e terminamos no masculino; se mudamos de sujeito no meio do período. Reler em voz alta ou para algum colega é um bom exercício para encontrar e corrigir possíveis erros.

Por fim, não podemos deixar de lado algumas pequenas observações a respeito da comunicação por e-mails, torpedos em telefones celulares e outras formas de mensagens instantâneas. A nova linguagem dessas mensagens já se instalou, e seria utópico afirmar que devemos seguir regras rígidas da língua portuguesa nesses rápidos contatos.

Encurtar palavras, utilizar símbolos ou mensagens cifradas não são proibidos, mas é necessário tomar cuidado para não parecer demasiado “adolescente” ou mesmo para não confundir o receptor, que pode não estar habituado com: &, vc, hj e outras expressões comuns na era digital.