Uma reação muito comum dos investidores quando se depararam
com o conceito de bonificação é acreditar que este evento acaba influenciando a
rentabilidade de suas ações. Afinal de contas, o raciocínio é que agora, além
das ações que ele já tinha, a empresa anunciou a distribuição gratuita de novas
ações a seus acionistas.
No entanto, a distribuição de bonificações em ações geralmente não traz um
efeito positivo sobre a posição em ações do investidor, já que o aumento na
quantidade de papéis acaba sendo compensado pela queda no preço dos mesmos.
Portanto, ter 400 ações a R$ 50 cada, ou 500 a R$ 40 cada faz pouca diferença,
já que o valor da posição, de R$ 20.000, segue o mesmo.
O que é a bonificação
Em termos técnicos, a bonificação em ações pode ser descrita como a distribuição
de resultados da empresa através da emissão de novas ações, realizada quando da
incorporação de reservas ao capital social. Estes novos papéis são distribuídos
gratuitamente aos acionistas, sempre na proporção da quantidade de ações que o
acionista já possuía.
Neste sentido, a bonificação aumenta o capital social e a quantidade de ações da
empresa, porém sem alterar o valor do patrimônio líquido, já que as reservas
fazem parte do patrimônio da companhia. Deste modo, isso explica porque não
existe alteração no valor possuído por cada acionista, pois, na prática, a
empresa não vale mais por conta deste evento.
Vale lembrar, contudo, que o mercado criou uma terminologia para denominar a
ação que é distribuída sob a forma de bonificação: é o filhote.