Se você está interessado em poupar ou investir o seu dinheiro, convém
entender as possibilidades que o mercado financeiro oferece. Os termos
complicados e as inúmeras siglas confundem o possível investidor. Por isso, é
preciso saber quais os tipos de aplicações disponíveis, assim como suas
vantagens e desvantagens.
Com orientações de Claudemir Galvani, professor de economia da PUC-SP, traçamos
um rápido perfil de investimentos em Poupança, Fundos DI e de Renda Fixa, além
de previdência privada.
Poupança normal e programada
Prefira a poupança se a sua faixa de aplicação for de R$100 a R$200 por
mês. Ou seja, se todo mês você pretende guardar até R$200,00, opte pela
poupança. Além da flexibilidade de movimentação, você não pagará CPMF e nem
imposto de renda.
Outra opção é a poupança programada, que funciona exatamente como a poupança
tradicional. O diferencial é que o correntista não precisa fazer a transferência
de dinheiro da conta corrente para a conta poupança todos os meses, já que o
banco faz isso automaticamente mediante fixação de valor a ser poupado.
Porém, se você é desorganizado e geralmente não consegue poupar o previsto,
prefira a poupança tradicional. Dessa forma, não corre o risco de ficar com a
poupança gorda e a conta corrente negativa.
A desvantagem da poupança é que ela rende pouco. No mês de agosto, por exemplo,
rendeu 0,70%. A rentabilidade da poupança está atrelada a fatores como juros e
TR (taxa referencial).
Fundos DI
Os fundos DI são adequados para faixas de aplicações mais significativas, algo
em torno de R$10 mil ou mais. Contudo, podem ser ótima opção para valores a
partir de mil reais.
Trata-se de um investimento de curto e médio prazo. Para longo prazo, eles são
importantes na composição da carteira do investidor (reserva). Os fundos DI são
a aplicação com menor risco no mercado, são rentáveis e contêm em suas carteiras
títulos pós-fixados do Governo Federal. "Pós-fixado" significa que o rendimento
será definido no dia do resgate.
A rentabilidade do fundo DI varia de acordo com a taxa SELIC, que é definida uma
vez por mês, seguindo uma série de fatores, como a flutuação das taxas de juros.
Em agosto, por exemplo, o fundo DI rendeu 1,1%. O rendimento será definido no
dia do resgate, em função da taxa SELIC.
Quem aplica em fundo DI paga imposto de renda mensalmente, que é de 20% sobre o
total da renda gerada; o valor é debitado da conta. O investidor também paga
CPMF (0,38%) quando o dinheiro sai da conta corrente para o fundo.
É recomendável não mexer no dinheiro aplicado nos primeiros 30 dias. Se isso
ocorrer, o investidor paga IOF, uma taxa decrescente que pode variar de 0% a 60%
de desconto. Após 30 dias, o saque é livre.
Fundos de Renda Fixa (prefixados)
Suponhamos que você já tenha aplicações nos fundos DI e quer variar o leque de
investimentos -afinal, não é seguro colocar todos os ovos na mesma cesta. A
próxima aplicação poderá ser em fundos de renda fixa (prefixado).
Esse fundo aplica em papéis com taxas de juros previamente definidas, e conta
com títulos públicos pré-fixados, com variação cambial, com IGP-M, além de
títulos privados, como CDBs e Debêntures.
Os fundos de renda fixa (prefixados) buscam oportunidades de retorno em cenários
com probabilidade de queda nas taxas de juros, normalmente apresentando
rentabilidade superior ao CDI quando esta expectativa se confirma.
Isso porque, quando os juros caem, o rendimento predeterminado dos fundos de
renda fixa se torna maior que a remuneração das aplicações pós-fixadas que
acompanham a SELIC e, portanto, passam a render menos. As faixas de
rentabilidade são variáveis: quando maior o montante, mais rentável.
Quem aplica em fundos de renda fixa (prefixados) paga imposto de renda
mensalmente, em alíquota de 20% sobre o total da renda gerada. O valor é
debitado da conta. O investidor também paga CPMF (0,38%) quando o dinheiro sai
da conta corrente para o fundo.
É recomendável não mexer no dinheiro aplicado nos primeiros 30 dias. Se isso
ocorrer, o investidor paga IOF, uma taxa decrescente que pode variar de 0% a 60%
de desconto. Após 30 dias o saque é livre.
Fique atento:
Antes de fazer uma aplicação você deve entrar nos sites dos bancos e conferir a
rentabilidade anual (rentabilidade acumulada) do fundo em que você pretende
aplicar. O valor de rendimento pode variar muito de um banco para outro. Isso
porque cada banco tem carteiras e taxas de administração diferentes.
(http://poupaclique.ig.com.br/bancos/)
Previdência privada
O programa de previdência privada é bom para pessoas com até 30 anos que possam
aplicar no mínimo R$100 reais todos os meses e não precisem do dinheiro em curto
prazo. Por exemplo, é um péssimo negócio para quem pretende "juntar" dinheiro.
Bom mesmo é apostar em longo prazo, no mínimo 25 anos. O pagamento mínimo é de
10 anos.
Em casos de emergência, o correntista pode sacar o dinheiro, mas perde-se muito
quando feito nos primeiros anos. O rendimento é mensal (aumenta o valor da
cota). O eventual saque antecipado é permitido, mas é descontada uma parcela
significativa.
O IR só incidirá no resgate, e isso é uma vantagem, já que nas demais aplicações
financeiras o IR é recolhido mensalmente.