A participação das pessoas físicas na Bolsa de Valores de São Paulo vem
aumentando ano a ano. De acordo com os últimos dados da Bovespa, entre 2002 e
2006, o número de investidores pessoa física mais que dobrou, passando de 85.249
para 219.634.
No acumulado dos noves primeiros meses de 2007, o número de investidores dessa
natureza já soma 284.518, um crescimento de quase 30% sobre todo o ano passado.
Apesar de os números indicarem que esse público tem se arriscado mais, quando o
assunto é investimento, ainda existem aqueles que acreditam que o mercado de
ações não foi "feito para eles".
Medo ou falta de conhecimento?
Quantas vezes você não se pegou associando o investimento em ações a uma
grande quantidade de dinheiro e pensou: investir é para ricos.
Entre os mitos que envolvem a decisão de investir, esse é o mais comum e
demonstra a falta de conhecimento do "futuro" investidor. No entanto, renda não
impede poupança e não é necessário ser rico para investir. A decisão de poupar e
investir depende da capacidade da pessoa em economizar.
Outro exemplo, que fica entre o medo e a falta de conhecimento, é adiar o
investimento, sempre "deixando para amanhã". Esse é o principal risco que se
corre, pois quanto mais tempo demorar, maior será a quantia que terá de guardar
por mês para garantir um futuro financeiro tranqüilo.
Onde investir?
Não existe melhor nem pior investimento. Existe aquele que se encaixa em seu
perfil e vai ao encontro de seus objetivos.
Quem está entrando agora no mercado pode lançar mão de algumas facilidades, que
visam assessorar o pequeno investidor, como os clubes de investimentos, por
exemplo.
Outra dúvida bastante comum entre os novos investidores é: comprar diretamente
ou investir por meio de fundos?
De acordo com o livro "Você tem mais opções do que imagina - um guia de
investimentos em fundos", da editora Saraiva, uma opção não exclui a outra, mas
é importante saber quando utilizar cada uma delas.
Segundo a publicação, é necessário avaliar o retorno do seu investimento e
analisar se o gestor do fundo, por exemplo, está gerando um retorno maior do que
você conseguiria se fizesse sozinho. Para isso, avalie a taxa de administração
do fundo e compare-a com os custos que teria, caso resolvesse investir de forma
independente (incluindo, aí, taxa de custódia, corretagem etc).
Outra questão é: você tem tempo e conhecimento para gerir seu investimento
sozinho? Com a internet, fica bem fácil acompanhar suas aplicações, ler
relatórios, análises e até receber orientações. No entanto, "operações mais
complexas de arbitragem, por exemplo, vão exigir um profissional experiente e
recursos que, sozinho, dificilmente você conseguirá".