Os modelos de cinto de segurança vendidos em lojas de autopeças podem causar
prejuízos aos motoristas. Isso porque, segundo pesquisa da Unicamp (
Universidade de Campinas), quase todos estes cintos de segurança não originais
estão fora das especificações determinadas em lei.
O laboratório de Engenharia Mecânica da Unicamp testou 12 marcas compradas no
mercado paralelo, e 11 foram reprovadas. Algumas não chegaram a atingir nem 10%
de resistência do peso determinado na legislação.
Segurança
"Esses cintos são os que chamamos de "engana guarda". Servem apenas para o
motorista não levar uma multa na hora da fiscalização, mas falham no teste de
segurança", disse o professor de segurança veicular da Unicamp, Celso Arruda.
Em uma colisão a 100 quilômetros por hora, o peso do corpo pode aumentar de 35 a
40 vezes. Por isso, é necessário que o cinto de segurança esteja de acordo com
as especificações.
Durante um teste de resistência, o equipamento precisa suportar um peso de três
toneladas, mas as diferentes marcas paralelas se romperam na marca de 300
quilos, além de arrebentarem em vários pontos.
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) exige a utilização do cinto de
segurança, mas não é responsável pela fiscalização.