Saúde - O que você deve saber sobre obesidade 

Ser obeso é sofrer de uma doença crônica decorrente do excesso de gordura no corpo. De acordo com as tabelas atuais, uma pessoa é considerada obesa quando seu peso for, no mínimo, 20% maior do que o considerado ideal para sua altura.

Embora o total de gordura distribuída pelo corpo seja importante, é mais relevante saber a região onde ela se encontra localizada. A gordura depositada no tronco e na região abdominal (também chamada tipo maçã, freqüentemente está associada ao excesso de insulina) acarreta mais riscos à saúde do que se estiver concentrada em outra parte do corpo, como na região dos quadris e coxas (tipo pêra).

SERÁ QUE EU SOU OBESO?

O cálculo do peso para saber em que categoria você se encontra é feito da seguinte maneira:

PESO (kg)
_____________________ = IMC (kg/m²)
ALTURA x ALTURA (m)

O peso é considerado Normal se o IMC estiver entre 20 e 25 kg/m². Entre 25 e 29,9 kg/m² é considerado Sobrepeso, e acima de 30kg/m² já é
considerado Obesidade.

Conforme a tabela abaixo:

CATEGORIA IMC
Abaixo do peso Abaixo de 20
Peso normal 20 - 24,9
Sobrepeso 25 - 29,9
Obeso 30 - 39,9
Obeso mórbido 40 e acima

Exemplo: Uma pessoa que pesa 91 kg e tem 1,81m de altura.

1,81 x 1,81 = 3,276 m²
91 / 3,276 = 27,777
IMC = 27,777 kg/m²

Portanto, está com IMC entre 25,0 e 29,9, números que enquadram as pessoas com sobrepeso, ou seja, as que ainda não são obesas, porém, estão acima do peso ideal. Mas, se ela pesa 91 kg e tem 1.65m de altura:

1,65 x 1,65 = 2,722
91 / 2,722 = 33,43
IMC = 33,43

O que significa que o IMC está bem acima do normal (obesa).

CAUSAS

Por muito tempo a obesidade foi atribuída apenas à gula, mas, hoje, se sabe que ela é uma combinação de vários fatores:
 

Ambientais - Antigamente, a vida rural exigia uma alimentação mais calórica, que era consumida no esforço físico diário. Hoje, a vida moderna exige menos esforço físico, portanto, menos calorias. Mas o nosso hábito alimentar continua sendo o mesmo de antes, provocando assim, a obesidade.

Segundo estatísticas, no Brasil, o índice de subnutrição vem se reduzindo, enquanto o índice de obesidade vem aumentando rapidamente, sem sintonia com a melhora econômica e as mudanças de estilo de vida.
 

Psicossociais - A necessidade de compensar problemas emocionais, como a depressão, por exemplo, induz a pessoa a comer demais e perder a motivação para praticar esportes ou exercícios, levando-a a uma vida sedentária e ao excesso de ingestão de calorias.

Genéticos/Ambientais - Algumas pessoas têm mais facilidade para ganhar peso do que outras. Estudos recentes mostram que filhos de pais obesos têm mais chances de serem obesos.

PROBLEMAS DECORRENTES DA OBESIDADE

A obesidade contribui para uma série de problemas de saúde:
 

Doenças na artéria coronária, que provocam redução na vascularização do músculo cardíaco.

Aumento do risco de pressão alta e derrame.

Dificuldade de funcionamento da vesícula biliar e acúmulo de gordura no fígado (esteatose).

Alguns tipos de câncer.

Osteoartrites e gota.

Irregularidades menstruais.

Diabetes (80% dos adultos diabéticos são obesos).

DISTÚRBIO DA FOME COMPULSIVA

É uma condição psicológica que ocorre com maior freqüência em obesos. O ataque de gula incide em aproximadamente 30% dos obesos que procuram auxílio médico.

A principal característica do distúrbio é o "ataque à geladeira" no final da tarde ou durante a noite.

O QUE FAZER?

Acredita-se que a melhor maneira de perder peso com sucesso e de forma saudável seja uma combinação entre exercícios aeróbicos e uma dieta balanceada com restrição de calorias. Existem várias combinações entre dieta e exercícios que podem ser eficazes. Controlar a depressão é outro fator importante contra a obesidade. Em resumo, para combater a obesidade é fundamental um conjunto de ações:
 

Desenvolver a auto-estima

Praticar exercícios e atividades de lazer, evitando a vida sedentária

Escolher uma alimentação aproriada para o seu biotipo, evitando bebidas alcoólicas e refrigerantes

Não fumar

RECOMENDAÇÕES
 

Informe-se sobre Spas (clínicas especializadas em programas de perda de peso). Podem trazer alguma ajuda inicial, embora não sejam a maneira ideal de tratar a obesidade.

Evite dietas aconselhadas por amigos.

Prefira regimes monitorados por médicos especialistas.

Se for necessário, procure um médico. Ele lhe indicará o tratamento adequado.