Mobilizar todos os departamentos da empresa e criar um grupo de comunicação
para diminuir os índices de acidentes no ambiente de trabalho. Esta foi a
fórmula encontrada, há dois anos, pela Villares Metals S.A., siderúrgica
localizada em Sumaré/SP, e que poderia servir de exemplo para outras
organizações que enfrentam dificuldades com a segurança dos funcionários.
Para garantir uma maior integração entre os colaboradores, explica Patrícia
Vitta, analista de Recursos Humanos da siderúrgica, todas as ferramentas
utilizadas na comunicação foram criadas com a participação direta dos
trabalhadores. "Adotamos, por exemplo, o mascote da empresa como símbolo da
nossa campanha. Confeccionamos dois painéis com a imagem dele e lançamos uma
campanha para que os próprios trabalhadores escolhessem o melhor local para que
fossem instalados. Fizemos uma campanha para a escolha do nome do mascote e a
partir daí pudemos iniciar o trabalho de comunicação, pois tínhamos um
intermediário conhecido por todos", explica Vitta.
O passo seguinte da empresa foi criar, com a supervisão de um técnico em
Segurança do Trabalho, o folheto "Segura Essa" que divulga dicas de segurança,
comunicados importantes e acontecimentos que estão relacionados com a segurança
dos trabalhadores. Já a manutenção dos painéis, explica Vitta, fica sob a
responsabilidade do departamento de RH. "Isso é primordial, pois não podemos
deixar que se acumulem informações importantes. Geralmente, trocamos as
comunicações uma vez por semana e dependendo muito do tipo de informação, ela
pode ficar de três dias até duas semana em evidência", comenta a analista de RH.
Outro aliado do grupo de comunicação da Villares é a criatividade.
Recentemente, a empresa trabalhou com a data comemorativa ao Halloween e que
atingiu dois objetivos: lançar uma campanha para divulgar uma política de
segurança e envolver, ainda mais, os colaboradores dos setores administrativos
no processo de conscientização. De acordo com Vitta, na ocasião, foi distribuído
um manual de bolso para os colaboradores da empresa. "Colocamos faixas, enviamos
e-mail convidando as pessoas para vestirem roupas pretas, roxas ou laranjas.
Enfeitamos o restaurante e entregamos doces", lembra Patrícia Vitta, ao comentar
que outros eventos também tiveram boa repercussão junto aos trabalhadores.
Desde que passou a investir na comunicação interna, a empresa observou uma
diminuição nos acidentes de trabalho. Mas a siderúrgica também investiu em
outros áreas como treinamentos, normas e inspeções periódicas. "Pelo que
percebemos, os colaboradores passaram a ser fiéis ao Açolino - nosso mascote,
pois ele tornou-se um companheiro diário e respeitado, pois todos seguem suas
orientações", finaliza a analista de Recursos Humanos.