Ter um orçamento equilibrado implica em saber como gastar o dinheiro, o que
vai muito além de escolher o menor preço. Saber como lidar com sua receita pode
ser a saída para os "superendividados" ou para quem vive "apertado".
Para um bom começo, faça três perguntas básicas antes de gastar: você precisa do
que vai comprar? Você realmente quer? E a mais realista: você pode gastar
dinheiro com aquilo? Somente respostas positivas às três perguntas apontam que o
gasto deve ser feito.
Quando o valor é muito alto, deve-se levar em consideração outros pontos: o
produto ou serviço a ser adquirido irá mudar sua vida para melhor? Depois disso,
analise se a compra não pode ser adiada.
Prefira investimento
Com a expectativa de vida cada vez maior, é preciso planejar como viverá quando
parar de trabalhar. Por isso, prefira sempre o investimento ao consumo, o qual
poderá fazer seu dinheiro render.
Mas o consumo também pode se transformar em investimento. Um exemplo claro é de
uma pessoa que assumiu uma posição de corretor de imóveis no mercado de
trabalho. Se ele compra um carro, é mais um investimento para que possa realizar
as atividades diárias.
O mesmo acontece quando compra um computador para o filho. Desta maneira, se o
uso for de maneira racional, você estará investimento na educação dele.
Contrate seguro
Seu dinheiro está sendo bem gasto se parte dele é dirigido para a sua segurança:
para garantir que você não ficará na mão no caso do roubo do carro, do assalto
ao seu comércio ou quando precisar de um médico. É preciso se preparar para
tudo.
Por isso, contrate um seguro. Ele permite reduzir gastos extras, como as
eventualidades citadas acima, e garante apoio financeiro em situações de
dificuldades.
Crédito consciente
Nada mais do que uma forma de garantir que os sonhos sejam realizados, o crédito
deve ser tomado com consciência, para que os juros não façam com que o preço do
serviço ou produto a ser adquirido, com o tempo, se torne muito maior do que o
preço à vista.
Analise as taxas e condições de pagamento. Caso não concorde, prefira juntar uma
quantia e comprar à vista. Não comprometa grande parte do orçamento com o
crédito, especialistas destacam que apenas 10% da renda deve ser destinado para
este fim.
Poupe
De acordo com a diretora-presidente da Gradual Corretora, Fernanda de Lima, as
pessoas devem planejar uma poupança, ou reserva de dinheiro para imprevistos.
"Estabeleça como meta poupar pelo menos 5% da sua renda líquida mensal", disse
em conversa com membros do clube de investimentos Gradual Mulher, e frisou,
ainda, que a reserva de emergência ideal é equivalente a seis vezes o valor das
despesas mensais.
Ela ainda disse que somente depois de guardada esta quantia é que a pessoa
poderá pensar em gastar o dinheiro, já que estará mais segura financeiramente.