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Finanças pessoais - Planejamento financeiro: o segredo é ter uma meta confortável 

Data: 12/09/2007

 
 

Quase todo mundo já sabe que um bom planejamento financeiro é essencial para quem deseja levar uma vida tranquila, sem grandes problemas de orçamento.

O que muitas pessoas ainda não sabem é como elaborar um planejamento eficaz. "É preciso estabelecer metas orçamentárias e se esforçar ao máximo para cumprí-las. No entanto, essas metas precisam ser confortáveis. Não adianta a pessoa se propor a guardar 30% da sua renda mensal, se ela sabe que 70% já está comprometido com as despesas correntes, porque ela não vai conseguir", afirma a diretora-presidente da Gradual Corretora, Fernanda de Lima.

Fernanda explica que a meta não pode ser tão severa a ponto de deixar a pessoa sem dinheiro para mais nada além de poupar, porque isso fará com que ela fique deprimida. "No entanto, sem meta, fica mais difícil atingir um objetivo. É como em uma dieta, se você não estabelecer quantos quilos quer emagrecer e em quanto tempo pretender alcançar o resultado, você sempre deixa para começar o regime na próxima segunda-feira".

Estabelecendo metas
Determinar qual o valor que você pretende guardar e em quanto tempo quer fazer isso, é o primeiro passo. Mas mantenha o pé no chão. Não adianta ganhar R$ 2 mil/mês e decidir juntar todo o dinheiro para comprar um carro zero, à vista, em seis meses. Ao final do período você terá apenas frustração.

O ideal é saber quanto da sua renda mensal é usada para cobrir despesas fixas, analisar quais gastos podem ser reduzidos, descobrir quanto lhe sobra todos os meses e se dedicar a juntar esse dinheiro para atingir o seu objetivo, seja ele um carro, o estudo dos filhos, uma reserva de emergência, ou mesmo uma bolsa.

"Cada um conhece as suas necessidade e desejos. Claro que não adianta se esforçar para juntar o dinheiro e gastar tudo em algo que em poucos dias já foi esquecido e não fará muita diferença na sua vida. Agora, se para você uma bolsa da moda pode lhe dar segurança para entrar em uma reunião de negócios, fazer uma ótima apresentação e conquistar o cliente, por exemplo, isso é algo que só você pode julgar", garante a diretora.

Fernanda lembra ainda que uma boa meta é aquela que reflita seus valores pessoais e lhe dá vontade de poupar o dinheiro.

Flexibilidade
Um bom planejamento também precisa ser flexível, já que imprevistos acontecem com todo mundo. É preciso ter consciência de que, talvez, algo aconteça em um determinado mês e não lhe permita guardar a quantia planejada.

Isso, no entanto, não é motivo para desanimar ou desistir. Muitas pessoas podem aproveitar essa armadilha da vida para abrir mão da meta com a tradicional alegação: "nunca consigo nada mesmo". O bom poupador age de forma contrária e busca formas de economizar um pouco mais no mês seguinte ao imprevisto, para guardar mais e tentar suprir o desfalque.

Além disso, é preciso que o planejamento seja revisto a cada seis meses. "Muitas vezes criamos pequenos hábitos de consumo que acabam sugando o dinheiro que poderíamos poupar. Por exemplo, há alguns meses você não comia sobremesa e há mais de três meses tem feito isso todos os dias, o que significa um gasto que não estava previsto. Portanto, a cada seis meses, pare, olhe para sua planilha de gastos e descubra se você incluiu algo que possa ser eliminado ou diminuído. Assim você pode fazer pequenas alterações que farão sobrar mais dinheiro no final do mês, e essas sobras não esperadas são sempre bem vindas", finaliza Fernanda.



 
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