Imóveis - Imóvel novo é três vezes mais caro que antigo: avalie a economia
Imóveis velhos têm preço mais em conta do que construções novas com o mesmo
perfil. Para se ter uma idéia, a variação chega a ser de três vezes no caso de
apartamentos vendidos na capital paulista, conforme dados compilados do
Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e do Conselho Regional de
Corretores de Imóveis (Creci-SP).
Contudo, fica a questão: compensa comprar uma casa ou apartamento com mais de 30
anos, por exemplo? Antes de tomar a decisão, é preciso que o consumidor pense
exatamente o que procura quando estiver em sua casa, quais são as regalias das
quais pode abrir mão e quanto tem disponível para gastos com reformas.
"Imóveis mais velhos têm um preço mais em conta, mas perdem na questão da
conservação e dos opcionais", explicou o vice-presidente da Associação Nacional
dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Opcionais
"Construções novas possuem muitos diferenciais, como playground,
piscinas, mais vagas na garagem, áreas de lazer, principalmente em apartamentos.
Isso dificilmente será encontrado em antigas", explicou.
Dessa forma, é preciso considerar quantas pessoas morarão na casa, se existe a
disponibilidade de tempo para aproveitar o espaço, entre outras coisas.
Além disso, também é preciso avaliar que o novo conceito de condomínios,
principalmente, é de "clubes em casa". Portanto, comprar edificações mais
antigas significa uma dificuldade maior de venda depois, o que, por
conseqüência, vai gerar desvalorização.
Conservação
A questão da conservação também é importante, conforme o especialista. Última
pesquisa do Creci-SP mostrou que, na hora de comprar casa ou apartamento usado
em São Paulo, quem não pesquisar direito corre o risco de pagar até três vezes
mais do que poderia. Em junho, em ambos os casos, essa é a maior diferença de
preços empregados pelo mercado, variando de acordo com a localização e com o
tempo de uso do imóvel.
Analisando os apartamentos, o maior preço do metro quadrado empregado com até
sete anos de uso da zona A . Na mesma localidade, construções com mais de 15
anos tinham o metro quadrado pelo valor médio de R$ 1.335,11 - uma diferença de
duas vezes, do menor para o maior.
"Em construções menos antigas pequenas reformas são suficientes. Mas se forem
necessárias muitas modificações, o gasto será maior", finalizou Oliveira.
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