Muito se fala dos cuidados com a documentação na hora de comprar um imóvel.
Contudo, quem vai comprar a casa própria, especialmente pela primeira vez, deve
fazer algumas outras observações antes de fechar negócio.
De acordo com a diretora da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, o primeiro passo
é decidir se este imóvel será uma aquisição para se viver por um período ou para
a vida inteira. Isso porque, a primeira hipótese, diz ela, permite a compra de
uma casa ou apartamento menor, com custos mais baixos.
Por outro lado, no caso da segunda opção, será necessário fazer um
planejamento familiar, antes de sair procurando o imóvel ideal, para assim, ter
uma ideia do tamanho necessário da propriedade.
“Se a pessoa, o casal, deseja comprar um imóvel para viver a vida inteira ou
uma boa parte dela, é preciso pensar quantos filhos esta pessoa quer ter, se há
a possibilidade de pais ou parentes mais velhos irem morar com ela no futuro e
mesmo se ela pensa em ter um animal doméstico”, alerta.
Localização
Definido o tamanho, outra consideração importante é a localização. Neste caso, o
futuro morador deve observar a distância do local de trabalho ou da escola dos
filhos, os serviços prestados pelo bairro, além da vizinhança.
“O quesito vizinhança é importantíssimo, pois pessoas que gostam de silêncio
não devem morar próximo a bares, avenidas movimentadas, ou mesmo perto de linhas
de trens ou metrô”, diz.
Também deve ser observada a questão da segurança e da mobilidade, o que deve
ser pensado conforme a rotina dos moradores do imóvel.
Gatos
No que diz respeito aos custos, Roseli orienta que as famílias comprometam no
máximo 25% da sua renda com as despesas relacionadas ao imóvel, o que inclui
gastos com financiamento, se houver, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
e condomínio.
“O valor de condomínio deve ser observado com muita atenção, pois, muitas
vezes, é melhor optar por um imóvel mais caro, porém com condomínio menor, do
que onerar demasiadamente o orçamento da família”.
Ainda com o objetivo de economizar, a diretora da Lello Imóveis diz que pode
valer a pena a compra de um imóvel usado, em vez de um novo. A explicação,
segundo ela, está no poder de negociação, já que um imóvel usado pode chegar a
custar cerca de 50% menos do que uma propriedade nova com características
semelhantes.