Dívidas / Endividado ? - Grande parte dos inadimplentes brasileiros não são culpados pelas dívidas que contraíram
Não empreste seu nome! Especialista em finanças revela que grande parte
dos inadimplentes brasileiros não são culpados pelas dívidas que contraíram:
Foto de divulgação
O Brasil vem batendo recordes em empréstimos para pessoas físicas. Somente em
março deste ano a oferta de crédito dobrou, gerando mais de R$ 268 milhões nas
mãos dos consumidores, com crescimento de 94,2% em relação ao período de cinco
anos.
Estes dados podem ser ótimos para aquecer a economia brasileira, que aumenta as
vendas no comércio varejistas a cada mês. Mas podem proporcionar grandes
estragos irreparáveis no orçamento familiar. Segundo o Serasa, mais de 27
milhões de brasileiros estão inadimplentes. Somente no Distrito Federal, mais de
151 mil pessoas foram incluídas no cadastro de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)
no mês passado.
O que esses dados não revelam é “quem tem culpa no cartório“. “Muitas pessoas se
tornam inadimplentes por causa de um amigo ou parente que pediu o nome
emprestado para fazer financiamento ou crediário“, explica Rafael Paschoarelli,
especialista em finanças pessoais e autor dos livros Como comprar mais gastando
menos e A Regra do Jogo, ambos llançados pela editora Saraiva.
Paschoarelli alerta para os perigos de emprestar o nome a pessoas que já são
inadimplentes. “É muito perigoso emprestar o nome para que outros façam
crediário. Se a conta não for paga, quem fica com o nome sujo é você. E não
adianta nem tentar explicar a situação para a loja, pois o que eles querem é
receber o dinheiro da dívida feita, independente de quem tem culpa no cartório.
Além disso, para quem não pagou uma vez, o que perde se não pagar de novo?“.
O especialista lembra que a maioria dos pedidos de uso de nomes e empréstimos é
sempre de algum parente ou amigo. E que para cada situação a pessoa boa e
generosa pode dizer não sem perder a amizade ou deixar de ter um bom
relacionamento com todos a sua volta. “Um bom argumento para ugir desse tipo de
situação é dizer que não tem dinheiro. Isso não é mentir, mesmo que se tenha. É
bom encarar da seguinte maneira: tenho dinheiro, mas não para emprestar“.
Paschoarelli finaliza com uma dica preciosa para quem quer fugir dos pidões:
“Nunca diga quanto ganha! Se disser, sempre aparece algum coitado dizendo que
ganha menos e que, por isso, precisa da sua ajuda“.
Referência:
midiacon.com.br
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