Filhos - Crianças conhecem o valor do dinheiro e a influência que exercem sobre os pais
Levantamento realizado pela TNS InterScience em cinco países
latino-americanos revela que as crianças de hoje têm consciência do valor do
dinheiro e da influência que exercem nos processos de compra da família.
Apesar dos desejos de consumo variarem de acordo com a idade e a classe social
dos pequenos, é consenso que todos têm consciência de sua força para a
realização de suas vontades e exercem um poder ditatorial para conseguir o que
querem.
Comportamento varia
Nas entrevistas com as crianças latino-americanas (do Brasil, Argentina, Chile,
Guatemala e México), observou-se que mesmo as mais novas, de apenas três anos de
idade, já entendem o valor do dinheiro e têm uma noção muito clara que ele
representa um meio de troca.
Já as de três a seis anos não têm noção de caro/barato, são altamente impulsivas
e usam o dinheiro para comprar jogos e doces.
Os de sete a nove anos, por sua vez, sabem o que é caro/barato, planejam,
calculam, negociam e utilizam o dinheiro para comprar roupas de marca, MP3,
celulares e jogos eletrônicos. Ainda percebem o impacto das marcas e também
conhecem e se interessam por categorias destinadas a outros segmentos da
população.
Mães "culpadas" compram mais
De maneira geral, os pais (especialmente os separados) e as mães que trabalham
fora são os que mais cedem aos apelos dos filhos, movidos principalmente pelo
sentimento de culpa. Apesar de se esforçarem para comprar produtos saudáveis,
funcionais e mais baratos, estas mães afirmam que compram o que os filhos
desejam, para garantir um bom comportamento deles.
Além disso, muitas delas disseram satisfazer às vontades dos filhos como forma
de evitar conflitos, uma vez que mães modernas adotam táticas de controle mais
flexíveis, como o diálogo e a negociação, em vez de aplicar outras formas de
castigo.
Critérios de compra
Segundo o estudo, as mães geralmente decidem o consumo em função de valores
nutricionais, saúde, oferta, duração, utilidade, preço e imagem da marca. Já a
escolha dos filhos recai sobre critérios mais subjetivos, como gosto, emoção,
imagem da marca etc.
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