Com a chegada do fim do ano, muitas pessoas sonham em quitar
suas dívidas e "limpar" o nome. E com o recebimento dos abonos salariais, como o
13º salário e a participação nos lucros, o desejo pode se tornar realidade
facilmente.
De acordo com a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), os
inadimplentes devem reservar a primeira parcela do 13º para renegociar as
dívidas.
Aproveite as opções de pagamento oferecidas
Ainda de acordo com a instituição, quem tem dívidas deve aproveitar as diversas
opções oferecidas pelas financeiras, lojas e bancos, como o alongamento dos
prazos, o desconto para quitações à vista e o abatimento nas taxas de juros e
nas multas.
Lembre-se que uma boa negociação pode garantir descontos progressivos no valor
principal da dívida e ainda permitir a retirada do nome dos cadastros de
inadimplentes.
Fuja das tentações do comércio!
Apesar do fato de que o 13º salário injetará R$ 48 bilhões na economia este ano,
isso não significa que os seus reais precisam ser gastos no comércio. Aproveite
as oportunidades de negociação das dívidas e fuja das tentações!
Quem tiver débitos no cheque especial, no cartão de crédito, em empréstimos
pessoais ou prestações em lojas deve se empenhar para colocar as contas em dia.
Isso porque, a partir do momento em que conseguir renegociar a dívida, você já
pode exigir que seu nome seja excluído dos cadastros de inadimplentes.
Como pedir a renegociação
Para iniciar a renegociação, o devedor deve procurar o credor (banco ou outro
tipo de instituição financeira) e pedir por escrito um detalhamento da dívida,
com os juros e multas discriminados.
Segundo a coordenadora institucional da Pro Teste, Maria Inês Dolci, não é
preciso usar intermediários para efetuar a renegociação. "As empresas
especializadas ganham um percentual sobre o valor a ser pago pelo devedor e, por
isso, têm interesse em cobrar o máximo possível do consumidor", alerta.
Opte por prazos maiores
Conforme orienta a entidade, o consumidor precisa ter cautela antes de fechar um
acordo, para não assumir um valor que não possa pagar, o que comprometerá o
orçamento familiar sem resolver o problema. Saiba que o ideal é negociar prazos
maiores e juros menores.
Por fim, lembre-se que as decisões de consumo não-prioritárias devem ser
proteladas até a renegociação da dívida, pois quem está endividado deve ter como
meta a reestruturação do orçamento doméstico.