Imóveis - Depreciação: entenda como ela afeta seus investimentos em imóveis
Quando se trata de investimentos em imóveis, certos cuidados devem ser
tomados para saber se realmente a aplicação vale a pena. Alguns conceitos e
técnicas precisam estar bem delineados na cabeça de quem pretende investir.
Um deles é a depreciação, isto é, o quanto seu imóvel perde valor num
determinado intervalo de tempo. Esse fator é de extrema importância, mas
geralmente é esquecido pelo investidor. Abaixo, confira algumas dicas de como
minimizar os efeitos da depreciação e saiba como utilizar esse conceito a seu
favor.
O que se deprecia mais?
Depreciação não é uniforme e afeta de forma distinta cada tipo de imóvel. Os que
sofrem a menor depreciação são terrenos e vagas em garagem para locação. Em
seguida temos lojas de rua, galpões, salas comerciais simples e casas populares.
Um fator que define o grau de depreciação é a necessidade de reformas ao longo
de um determinado período de tempo. Normalmente as vagas em garagem exigem
apenas uma ligeira pintura a cada cinco anos ou mais.
Galpões, lojas de rua, salas comerciais simples e casas populares também exigem
pouca manutenção e não demandam constantes adaptações para novos padrões
tecnológicos. Já os apartamentos apresentam uma taxa de depreciação mais elevada
em comparação com as casas. Os hábitos de morar tendem a mudar com grande
velocidade. Há 50 anos uma família demandava uma área útil menor, menor número
de dormitórios, poucos banheiros e no máximo uma vaga na garagem, dependendo do
seu padrão de vida.
Atualmente sabemos que um apartamento precisa ter mais dormitórios, suítes, e o
maior número possível de vagas na garagem. O que privilegia uma casa em relação
a um apartamento é a maior facilidade de fazer reformas e adaptá-la para as
novas exigências do mercado.
Por sua vez, temos casas, salas comerciais e apartamentos de alto padrão,
apresentando progressivamente uma taxa de depreciação maior. Neste caso, a
exigência dos locatários é ainda maior. Uma família de alto poder aquisitivo é
muito mais cautelosa ao comprar ou alugar um imóvel em relação a uma de baixa
renda. Não irá aceitar um azulejo no banheiro fora de moda, uma cozinha
ultrapassada ou um jardim mal cuidado, a menos por um bom desconto na hora de
fechar negócio.
Uma empresa de grande porte irá demandar instalações modernas de ar
condicionado, iluminação sofisticada e cabos de fibra ótica, o que certamente
uma sala comercial antiga não poderá oferecer. Será necessário empregar muito
dinheiro para atualizar esses espaços.
Por último temos os flats e lofts, que por necessitarem de
constantes adaptações para atender à demanda exigente desse mercado, tendem a se
depreciar mais rapidamente. Não se esqueça que esse modelo é apenas uma
generalização. O mercado tende a se comportar mais ou menos desse modo, porém
existem inúmeras exceções pela cidade.
Quanto gastar numa reforma?
Existe uma regra que define o valor máximo que pode ser gasto na reforma de uma
propriedade imobiliária. É a diferença de valor entre o seu imóvel e os imóveis
semelhantes ao seu na mesma localização. Se seu apartamento for avaliado em R$
80 mil, e os demais imóveis do edifício, em melhor estado que o seu, valerem R$
100 mil, a diferença entre esses dois valores, R$ 20 mil, é a quantia máxima que
pode ser gasta numa reforma.
Note, porém, que estamos nos referindo a imóveis para investimento. A regra é um
pouco mais flexível no caso do imóvel ser para uso residencial da sua família.
Por questões pessoais, algumas famílias gastam um pouco além do ideal na reforma
de sua residência.
Se você não tem a intenção de vender a propriedade no médio prazo, talvez alguns
reais a mais na reforma não sejam um desperdício muito grande. Mas lembre-se
que, às vezes, com o valor adicional da reforma é possível comprar outro imóvel,
numa região mais valorizada, mais condizente com o seu padrão de vida.
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