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Consumidor - Cursos de férias: saiba o que fazer para o divertimento não virar pesadelo 

Data: 30/05/2007

 
 

Há quem prefira aproveitar as férias escolares para viajar, descansar e não pensar em obrigações e prazos. No entanto, também existem aqueles que gostam de aproveitar esse tempo livre para estudar sobre um tema que acabou não tendo espaço na corrida rotina.

Para esses casos, existem os cursos de férias. Mas, para que o serviço não acabe trazendo mais prejuízo do que prazer, é importante ficar atento a algumas dicas da técnica da Fundação Procon de São Paulo, Márcia Christina Oliveira.

Livre
Segundo Márcia, esse tipo de curso normalmente é livre. Em outras palavras, não regulamentado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) ou pela Secretaria de Educação. "Eles podem até dar certificado, mas isso também tem que estar previsto no ato da contratação", explicou.

E é exatamente sobre o contrato que Márcia chama a atenção. "É um documento de adesão: se você assinará, estará de acordo com as condições. Por isso é importante estar muito atento", explicou. Ela chamou a atenção para o fato de que existem algumas cláusulas normalmente consideradas abusivas que podem ser anuladas, como a impossibilidade de rescindir o acordo.

"Normalmente temos feito bons acordos no que diz respeito a cobrança de multas muito elevadas", afirmou, lembrando, no entanto, que somente o Judiciário pode decidir se uma cláusula é abusiva e optar por anulá-la. "O que vemos muito é que não existe equilíbrio de responsabilidade no acordo. Acaba ficando tudo para o consumidor", alertou.

Antes de fechar
Se você já consultou um advogado de confiança ou, então, algum técnico da fundação sobre o contrato e está tudo certo, já pode pensar em fechar o negócio. Mas, antes disso, é importante pesquisar outras informações, tanto sobre as condições das aulas, número de alunos por sala, horário, duração, atividades propostas quanto sobre forma de pagamento e outros detalhes burocráticos.

É importante também consultar a lista de reclamações do Procon, disponível em sua página na internet, para verificar se o nome da prestadora de serviços está entre as empresas que mais apresentam problemas no que diz respeito a direitos do consumidor e qual é o modo como ela age e responde nesses casos.

Conto do vigário
E muito cuidado com cursos do "conto do vigário". Sabe aquelas ligações que você recebe, na qual a atendente diz que você foi sorteado e recebeu um desconto de 50% no preço da mensalidade? Pois bem: Márcia orienta para não acreditar nessas propostas.

"No dia que você chega na aula, todo mundo também foi sorteado e ganhou a promoção. Isso acontece porque aquele curso vale aquele preço, mas o método de abordagem é errado, porque induz o consumidor ao erro", explicou a técnica. Vale lembrar que o Código de Defesa do Consumidor expressa que todos têm o direito saber plenamente quanto e com o que está gastando.

"Isso também vale para aquelas propostas de que somente o material é pago e as aulas são gratuitas", afirmou Márcia, lembrando que, se a instituição não for séria, o material pode não ser bom e a grade de aula pode estar estruturada de uma forma que a pessoa tenha de ficar "correndo atrás" do professor.



 
Referência: Uol
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :