Namorar é bom, é saudável, é reconfortante, é inspirador e é caro. Se na
época de nossos avós, namorar dependia apenas da vontade dos dois envolvidos - e
da aprovação do pai da moça -, para manter um namoro atualmente é preciso
consultar o orçamento e fazer um bom planejamento.
Isso porque namorar consome energia, tempo e dinheiro. Se nas décadas de 30, 40
e 50 o namoro acontecia do sofá da casa da garota, sob os olhos atentos de algum
parente, com a liberdade conquistada no decorrer dos anos, os casais agora
querem viajar, sair para comer, dançar, assistir filme e relaxar. Nada mais
justo, principalmente após enfrentarem cerca de 40 horas de trabalho semanal. No
entanto, é preciso tomar cuidado para que o dinheiro conquistado ao longo da
semana não evapore com os programinhas a dois no final de semana.
Gastos em dupla
Uma coisa é fato: não existe namoro sem telefone. Ligar para dar bom dia, falar
oi ou mesmo bater um papo, acaba pesando no bolso no final do mês. Para
economizar, o casal deve manter telefones celulares de uma mesma operadora.
Assim, poderão ter mensagens de texto grátis e alguns bônus de conversação que
diminuirão o rombo no orçamento.
Outro gasto com que nossos avós não se preocupavam era o da gasolina. Como
naquela época os jovens dificilmente tinham carro, a passagem de ônibus ou de
trem era o máximo que gastavam com transporte. Com o litro da gasolina custando
atualmente R$ 2,39 e o álcool, R$ 1,29 (em média), os gastos para sair, passear
e viajar, não são poucos. Se ambos tiverem veículos próprios uma boa dica para
economizar é fazer um revezamento mensal, por exemplo. Assim, cada um gasta um
pouquinho e não pesa para nenhum dos dois.
Passear no shopping também não é barato: cineminha, pipoca e estacionamento para
dois não sai por menos de R$ 45,00. Os gastos terminam por aí se ambos
conseguirem resistir à tentação de fazer alguma comprinha durante o passeio.
Jantar fora também pode ser mais caro do que se imagina. Isso porque muitas
pessoas não procuram saber o preço médio de uma refeição antes de sair para
comer. E mesmo os que fazem isso acabam tendo surpresas no total dos gastos,
porque quase sempre esquecem de contabilizar o dinheiro para o estacionamento,
os 10% do garçom, as bebidas e as sobremesas. Fazer um jantarzinho em casa pode
sair bem mais barato, e se for caprichado, pode ser até mais românticos.
Gastos individuais
Quando estão namorando, as pessoas não gastam apenas ao lado do ser amado. As
pessoas se cuidam mais quando estão interessados em alguém. Portanto, o dinheiro
destinado a roupas íntimas, perfumes, cosméticos, acessórios e presentes é bem
maior do que quando se está solteiro. Idas ao cabeleireiro - para uma escova,
tintura, manicure, pedicure, depilação e outros tratamentos - acontecem com mais
freqüência entre homens e mulheres quando eles estão em um relacionamento ou
querendo conquistar alguém.
Namoros à distância
Se antigamente era romântico os casais separados pela distância se comunicarem
por meio de cartas, a prática hoje caiu em desuso. As cartas cederam lugar para
as ligações DDD e DDI que deram aos apaixonados o alento de ouvir a voz do amado
e o desespero de esperar pelas contas no final do mês.
Com a chegada da internet os casais puderam diminuir seus gastos, trocando os
longos telefonemas pelos e-mails, programas de mensagem instantânea, sites de
relacionamento e bate-papo. Para quem não tem computador e continua gastando com
os DDDs e DDIs, pensar em comprar um pode ser uma boa solução, uma vez que os
gastos com ligações podem ser reduzidos em cerca de 70% com as facilidades da
internet.
Namorados, mas morando juntos
Para os que decidem morar juntos, o fator dinheiro deve ser muito bem pensado. É
um erro se prender em coisas como: pagaremos apenas uma assinatura de TV à cabo,
ao invés de duas, e faremos economia.
Morar junto pode mesmo ser uma forma de dividir despesas, mas é preciso lembrar
que agora serão dois para comer, tomar banho, gastar água, luz, gás e telefone.
Sem falar que se o casal optar por uma conta conjunta e juntar ambos os
salários, é bem possível que haja desavenças sobre como um gasta o dinheiro do
outro. Se optarem por manter as contas separadas, é preciso tomar cuidado para
que as contas pesadas não fiquem apenas com uma das partes.
Muita conversa e planejamento são necessários para que o namoro continue sendo
bom, saudável, reconfortante, inspirador e, agora, mais barato!