Filhos - Como ensinar o seu filho a poupar?
Ensinar o seu filho a economizar e lidar com dinheiro é apenas parte do
problema. Afinal, ele pode até concordar que vale a pena comprar um boneco mais
barato, mas provavelmente porque pretende usar o dinheiro na compra de alguma
outra coisa.
Para poupar é preciso mais: ele precisa estar disposto a não gastar esse
dinheiro. Pelo menos não imediatamente. Se, para nós adultos, abrir mão do
prazer presente é uma tarefa difícil, imagine para as crianças, para quem o
futuro é amanhã. Abaixo, damos algumas dicas, que podem ajudar nesta tarefa.
- Dê um cofrinho ao seu filho
Isso vai ajudá-lo a guardar o dinheiro, sobretudo, as moedas. À medida que
for juntando dinheiro, seu filho consegue medir o próprio progresso. Seja
porque vê o cofre encher ou porque, ao levantá-lo, sente o aumento do peso.
- Faça um orçamento
A idéia aqui é estimular a criança a pensar naquilo que gostaria de comprar
com o dinheiro da mesada: figurinhas, jogos, revistas etc. Ao lado de cada
item, coloque uma previsão de custo. Feito isso, some tudo e compare com o
valor da mesada.
Caso os gastos excedam essa quantia, questione sobre o que pretende fazer.
Refletir sobre isso irá ajudar seu filho a alinhar seus desejos de consumo
com a sua realidade financeira.
- Estimule-o com metas
Uma forma de ajudá-lo a entender melhor as vantagens de poupar é através de
metas. Não há nada melhor do que um objetivo para nos incentivar a poupar,
com as crianças é a mesma coisa. Provavelmente a mesada do seu filho não é
suficiente para realizar todos os sonhos de consumo, que ele possui.
Assim, ajude-o a definir um objetivo e a se planejar para isso. O ideal é
começar com uma meta de curto prazo. Afinal, crianças têm um entendimento
distinto de tempo e tendem a se desanimar se tiverem que esperar vários
meses para atingir seu objetivo.
- Incentive-o a investir
Por mais que hoje em dia esteja mais fácil investir com pequenas quantias, é
provável que o seu filho no início não tenha mais do que R$ 50 para aplicar.
Nesse caso, a poupança é uma opção mais simples, pois não cobra taxas ou
impostos e não exige depósitos adicionais.
A previdência complementar também é uma boa alternativa, sobretudo, se você
conseguir convencer o seu filho a poupar uma quantia fixa todos os meses. E,
é claro, explicar que não poderá sacar esse dinheiro nos próximos anos.
Aprender a poupar é um passo importante na formação de uma criança
financeiramente responsável. Além disso, ilustra uma das principais regras de
educação financeira: a de que nosso padrão de vida (ou gastos) deve ser definido
pela nossa renda ou, no caso especifico do seu filho, pela sua mesada. Porém,
para fazer esse dinheiro crescer, seu filho também precisa dar um passo a mais e
aprender a investir.
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