Conhecer os fatores que afetam sua decisão de investir é necessário, mas não
suficiente. Você tem que conhecer bem o seu perfil e entender como cada um
desses fatores o afeta. Portanto, é a combinação entre objetivo, valor, prazo,
apetite por risco e liquidez que determina qual o melhor investimento para você.
Você já deve ter percebido que não é possível encontrar o investimento ideal sob
todos os pontos de vista. Por exemplo: para obter uma rentabilidade elevada,
você sabe que deverá incorrer em riscos maiores ou, para conseguir alíquotas
menores de tributação, você deve abrir mão da liquidez.
Estabeleça uma estratégia de investimento
O primeiro passo a ser tomado na hora de investir seu dinheiro é estabelecer uma
estratégia de investimento, ou seja, um objetivo do que quer alcançar.
Afinal de contas, você precisa definir se sua intenção é acumular o suficiente
para comprar uma casa, carro ou se quer simplesmente investir para, no futuro,
ter um patrimônio que lhe garanta uma melhor qualidade de vida.
A melhor forma de investir seu dinheiro depende do seu objetivo, que pode ser
apenas de preservar o seu capital contra as perdas da inflação, ou muito mais
agressivo, buscando retornos que permitam um crescimento das suas economias.
Defina as variáveis
Com base na resposta a essas perguntas, você poderá definir algumas das
principais variáveis para se estabelecer uma estratégia de investimento: quanto
tempo pretende deixar o dinheiro aplicado, que tipo de risco está disposto a
correr e quanto poderá dispor para o investimento.
É essa estratégia que deve guiar suas decisões de investimento e não os rumores
ou oscilações do mercado. Isso não quer dizer que você nunca deve rever a forma
com que aplica seu dinheiro, mas sim que, ao rever a alocação dos seus
investimentos, você deve sempre priorizar aplicações que estejam de acordo com a
sua estratégia, seus objetivos.
Risco e retorno andam de mãos dadas
Independente do seu perfil de risco, quem está começando agora deve ter mais
cautela e adotar uma estratégia mais conservadora de investimento, pelo menos
até ter acumulado um patrimônio mais significativo. O raciocínio por trás dessa
regra é o mesmo para quem está aprendendo a dirigir, por exemplo. Não vale a
pena correr riscos desnecessários até que você já esteja mais familiarizado com
o assunto.
Lembre-se que risco e retorno andam de mãos dadas. Ou seja, você não pode
estabelecer como estratégia maximizar o retorno dos seus investimentos, antes de
ter definido que tipo de risco está disposto a correr. Afinal, se você não tem
apetite para risco, de nada adianta o mercado acionário ser mais rentável no
longo prazo, pois você não vai ter a tranqüilidade de agüentar os momentos de
forte volatilidade.
Exatamente por isso os investidores mais experientes, o que inclui os gestores
de fundos, trabalham com o conceito de retorno ajustado para o risco. Ou seja,
não analisam o retorno absoluto da aplicação, mas sim esse retorno ajustado para
a volatilidade da aplicação. Esse tipo de análise permite que o investidor
identifique a aplicação que lhe propicia o melhor retorno para o risco que está
disposto a assumir.
Pese cada fator e simule
Portanto, você tem que analisar seu investimento dentro de uma ótica mais ampla.
Os exemplos acima mostram que, para obter algo mais, é preciso abrir mão de
outra coisa. A melhor alternativa pode não ser a mais aparente. Portanto, vale a
pena simular as opções e entender quais as vantagens e limitações de cada uma.
Antes de escolher seu investimento, procure analisar em que pontos ele vai de
encontro com seus objetivos e do que você terá que abrir mão para isso. Aquele
que estiver de acordo com o montante e o tempo que você pode investir, além de
mostrar melhor relação entre rentabilidade, risco e liquidez, será o mais
adequado.