Hollywood mostra em seus filmes um técnico de um time esportivo, um dono de
empresa, um líder de comunidade fazendo discursos empolados, conduzindo todo um
grupo em direção à conquista de uma meta comum.
Esse é o sonho de qualquer gestor, ser capaz de motivar seus funcionários
energicamente, conquistando uma legião de seguidores que farão de tudo para
conquistarem as metas da empresa.
A realidade, no entanto, é que nem todo gestor é um líder nato e a grande
maioria dos funcionários não está nem aí para as metas da empresa, eles querem
um pagamento no final do mês, só isso.
O gestor desesperado contrata então um profissional de RH (que também não
está interessado nas metas da empresa!) para criar programas de incentivos. O
resultado é um ambiente artificial onde funcionários interessados na recompensa
farão o que for possível para conquistá-la. O grande erro, entretanto, é
acreditar que isso é motivação.
Como empresas como Google e Microsoft conseguem manter um nível “quase
eufórico” entre seus funcionários?
Dica: elas não usam programas de recompensa ou incentivos, nem trazem um
palestrante motivacional por semana para levantar o ânimo do pessoal!
Em primeiro lugar, elas garantem que o ambiente de trabalho inspira
liberdade, igualdade e abertura. Sem estes 3 elementos juntos, não há motivação
e também não há produtividade. Ambas as empresas incentivam seus funcionários a
criarem e desenvolverem seus próprios projetos. Elas sabem que as pessoas
dificilmente se motivam para seguir as metas alheias (ou da empresa), então a
“tática” é fazer com que o funcionário crie sua própria meta dentro da empresa.
Diversas das grandes iniciativas do Google, do GMail ao Froogle, saíram de
“metas pessoais” dos próprios funcionários. Não é a diretoria que chega e
“informa” a todos “nós estaremos desenvolvendo esta plataforma de email chamada
GMail e contamos com a colaboração de todos”, da forma como ocorre nas empresas
convencionais. Não, é o funcionário que tem “uma grande idéia” e conta com o
apoio da empresa para desenvolvê-la.
Esse é um dos “segredos” que faz com que estas empresas tenham um nível de
motivação tão alto entre seus funcionários, mas ainda há muitos elementos nesse
quebra-cabeça e todos eles são diferentes do que as empresas convecionais fazem.
Se há uma dica final que eu eu posso dar aqui nesse artigo é esta: abra mão do
controle!