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Finanças pessoais - Casal: Acabou de se casar? Reveja sua estratégia financeira! 

Data: 30/05/2007

 
 

No tradicional mês das noivas, o assunto não poderia ser outro: casamento. A decisão muda a vida de qualquer um. É preciso aprender a compartilhar, dividir decisões que antes tomávamos sozinhos, mas, sobretudo, é preciso tomar algumas providências práticas com relação à gestão das suas finanças.

Envolvidos com os preparativos do casamento, os noivos se esquecem das implicações que esse evento terá na sua vida financeira. E é por isso que selecionamos abaixo as principais medidas que você deve tomar assim que colocar a aliança no seu dedo esquerdo.

Estabeleça metas de poupança
Não importa se você e seu cônjuge decidiram manter as contas individuais que já tinham, ou se, antes mesmo do casamento, vocês já abriram uma conta conjunta. Qualquer que seja o acordo financeiro que fizeram sobre a gestão do orçamento, o importante é que vocês comecem a poupar o antes possível.

Você se casou e com isso seus planos e objetivos mudaram um pouco. Agora seu único interesse não é mais trocar de carro todo ano, mas também juntar o suficiente para comprar uma casa própria, começar um pé de meia para a educação dos filhos quando eles chegarem etc. Portanto, quanto antes criar o hábito de poupar junto com seu cônjuge melhor para o patrimônio de vocês.

Estratégia de investimento
Em geral, um dos cônjuges tem maior interesse por aplicações financeiras e gerência de investimentos, mas isso não significa que a outra parte deva acatar sem dizer nada! Se você é conservador e seu companheiro é agressivo na hora de investir, certamente, acabarão discutindo sobre o tema.

Dependendo da vontade e interesse de cada um, vocês podem compartilhar a gestão do patrimônio, ou mantê-la separada. O grande problema da gestão em separado é que corre-se o risco de que o patrimônio conjunto esteja excessivamente concentrado em um tipo de aplicação. É bastante provável que tanto você quanto seu cônjuge invistam uma parcela em renda fixa. Juntas, essas parcelas podem representar um percentual muito grande do patrimônio do casal. E isso deve ser revisto.

Mais ainda, ao investir separadamente no mesmo tipo de aplicação vocês acabam pagando mais em taxas. Em geral os bancos oferecem taxas mais atrativas quanto maior a quantidade investida, portanto, quando houver consenso sobre a aplicação o melhor é juntar os recursos e investir no mesmo fundo.

Atualize sua apólice de seguro
Se você é daqueles que mesmo antes de ter uma família consolidada contratou um seguro de vida, então agora que está casado, é hora de rever seus beneficiários, incluindo seu cônjuge como tal na apólice. Não só isso, é preciso rever se os termos da apólice ainda são válidos.

Afinal, você não contratou o seguro para garantir o sustento dos seus dependentes em caso de seu falecimento? Bem na época você tinha apenas a idéia de prover uma ajuda de custo para os seus pais, que dependem parcialmente de uma ajuda sua. Mas, agora a situação muda, você tem um cônjuge, e com isso as obrigações financeiras mudam, e, daí a importância de se rever os termos da cobertura.

Se você ainda não tem um seguro de vida, então talvez essa seja a hora de trocar a sua apólice de seguro para acidentes pessoais para uma apólice de seguro de vida. Afinal, é possível que, antes mesmo do que você imagine, a família volte a crescer.

Reveja sua estratégia para a previdência
Se você possui um plano de previdência privada individual, então sua primeira providência é rever os termos dos beneficiários do plano de forma a incluir seu cônjuge.

Se além de um plano individual você também possui um plano corporativo, no qual a sua empresa (como instituidora do plano) divide com você o valor das contribuições, pode valer a pena aumentar o valor contribuído. Afinal, cada R$ 1 a mais que você contribuir será compartilhado pela sua empresa, o que é bastante significativo em termos da reserva financeira que será formada.

Vamos imaginar, por exemplo, que você e seu cônjuge contribuam cada um individualmente para um plano de previdência, e que só você tenha também um plano corporativo. Nesse caso, pode valer a pena reduzir a aplicação a um dos planos individuais e aumentar a contribuição ao plano corporativo, já que os valores contribuídos são compartilhados. É claro que isso deve ser analisado com cuidado, pois se vocês se separarem, então o cônjuge que abriu mão do seu plano individual pode acabar tendo uma perda financeira.

Muita atenção com o Leão!
O casamento possibilita uma boa oportunidade para se elaborar um planejamento fiscal de forma que o gasto total com imposto caia. Por isso, analise com cuidado a composição da renda tributável de cada um de vocês, e veja se vale a pena declarar de forma separada ou em conjunto.

Em alguns casos, a declaração em separado é melhor, pois é possível aproveitar o fato de que um dos cônjuges é tributado a uma alíquota menor que o outro.

Faça um testamento!
É bem verdade que você acabou de se casar, e tudo o que não quer pensar é na possibilidade de vir a falecer. Mas, isso pode acontecer, e é preciso estar preparado. Dependendo do regime de casamento, o seu cônjuge tem direito à metade do seu patrimônio, sendo que a outra metade cabe aos seus chamados herdeiros necessários.

Quem não tem filhos, tem como herdeiro necessário os ascendentes, ou seja, os pais e avós. A partilha de bens em caso de falecimento de um cônjuge jovem de casal sem filhos pode vir a causar problemas para o sobrevivente caso não haja testamento estipulando exatamente o que deve ser feito. Lembre-se de rever seu testamento caso a família venha a crescer em alguns anos.

Mais do que tomar as providências acima, é importante que o novo casal reflita junto sobre como pretende alcançar seus objetivos financeiros. Disputas financeiras estão entre as principais causas de brigas no casamento. O esforço de começar desde cedo a discutir suas finaças pode valer a pena, e quem sabe, evitar que vocês venham a fazer parte dessas estatísticas.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Equipe Infomoney
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