Finanças pessoais - Casal: sem medo de falar em dinheiro
Infidelidade financeira. A expressão pode não ser a mais agradável em pleno
mês das noivas, mas conhecê-la e, principalmente, evitá-la, pode impedir que o
casamento e a promessa de "até que a morte nos separe" sejam quebrados antes da
hora.
De acordo com a especialista em finanças Eliana Bussinger, o dinheiro está
associado a brigas e desacordos (é a principal razão da
separação, apontada pelos casais, na quase totalidade dos
divórcios) e muitos evitam falar sobre esse assunto.
Na riqueza e na pobreza
Segundo pesquisa do Centro de Recursos Humanos da Universidade de Ohio, casais
discutem por causa de dinheiro porque eles vêem de forma diferente a renda da
família.
De acordo com o estudo, além de não responderem de forma correta quando
perguntados sobre quanto o parceiro (a) ganha, enquanto os homens aumentam a
renda da família, as mulheres acreditam que o casal tem uma dívida maior do que
a reportada pelos seus maridos.
Para o autor do estudo, Jay Zagorsky, "a razão pela qual os casais reportam de
maneira extremamente diferente os ganhos da família é porque cada um exagera nos
próprios rendimentos e subestima os rendimentos do parceiro".
Prometo ser fiel
Para ter sucesso nas finanças, o casal precisa, em primeiro lugar, entender essa
diferença de pensamento. Estimando uma renda maior ou um endividamento acima do
real, fica difícil, para ambos, planejar as finanças do casal.
Sinceridade, companheirismo e participação são essenciais nessas horas e o
compartilhamento de informações é necessário para que a planilha de orçamento
seja a mais verdadeira possível.
De nada adianta estimar um ganho maior se, no final, o salário acabar antes do
tempo. Ou ainda evidenciar um débito exagerado que, muitas vezes, pode ser
quitado sem grandes sacrifícios.
Por todos os dias de nossas vidas
Para começar a colocar ordem nas finanças do casal, o esperado é que
ambos participem desta tarefa, controlando receita e despesa e priorizando
objetivos. Portanto, a dica é rever
gastos. Cortem da lista o que julgarem supérfluo e dividam as novas
despesas, respeitando, é claro, a proporção entre os salários (quem ganha mais,
paga mais).
Com a consciência do quanto é importante gerenciar o uso do dinheiro, o casal se
torna mais unido aprende a conversar mais, planejar mais e manifestar suas
opiniões.
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