Com linhas, agulhas e outros itens a mão, além de certa dose de criatividade
na cabeça, é possível renovar o guarda-roupa, sem estourar o orçamento, e ainda
garantir peças exclusivas e cheias de personalidade. Sabe como? Utilizando os
recursos da customização.
Para quem não sabe, a palavra customização - que ainda não foi incluída nos
dicionários brasileiros - é uma espécie de corruptela da expressão inglesa
custom made, que quer dizer feito sob medida. O conceito praticamente se
transformou em um novo fenômeno no mundo da moda, principalmente a partir dos
anos 90, marcando o desejo do consumidor de se diferenciar de um grupo, de ser
estilista de si próprio.
Novo estilo
Mas como você, simples mortal, que está a anos luz de distância do mundo das
passarelas, pode se tornar um adepto da customização, e sem pagar muito caro por
isso? Em primeiro lugar, avalie as roupas que você já possui e separe aquelas
que você não usa mais, porque já enjoou ou porque já não estão mais "em alta".
Está cansado do jeans surrado? Ou acabou de comprar uma camiseta branca básica?
Pois essas roupas podem ficar com novo visual.
A calça jeans, por exemplo, pode ganhar uma barra diferenciada. Para isso, basta
dobrá-la e aplicar por cima uma fita de cetim, que custa em média até R$ 1 o
metro. Pode ser com agulha e linha - cujo kit básico sai por R$ 3 - ou até com
uma cola especial para tecidos (R$ 5,00), para quem não tem muitas habilidades
manuais.
Já a camiseta branca pode se transformar na peça do momento: o bolero. É só
retirar a gola, cortá-la pela metade e fazer uma abertura frontal. Depois, para
enfeitar, algumas fitas de cetim ou rendas (R$ 5 o metro) e botões coloridos.
Outra possibilidade é pintar a peça com tinta spray (R$ 18 em média, a
embalagem), utilizando um molde vazado feito em PVC (R$ 2 a folha). Se não
quiser ficar com remorso de borrar a camiseta nova, utilize uma mais usada, que
estava esquecida no fundo do armário.
Mais que arte manual
E quem pensa que a customização é um simples trabalho manual, está muito
enganado. Grandes marcas estão lançando mão dessa onda, que pode ser vista nos
jeans detonados e rasgados, por exemplo. Só que, nesse caso, além de pagar mais
de R$ 500 por uma peça dessa, dependendo da grife, você não tem a possibilidade
de ter uma peça personalizada.
Além disso, o fenômeno se transformou em curso em instituições reconhecidas como
o Senac, e pode até se tornar um complemento ou mesmo fonte de renda, para quem
deseja mostrar seu talento nas roupas alheias.